domingo, agosto 30
Elegia da lembrança impossível
Escrito/editado por Marta 9 Terráqueos
Etiquetas: Jorge Luis Borges, livros da minha vida, Poemas que sinto
Ouvir um post na Antena 1 ou A História Devida
Depois, foram as histórias mais compridas. Não rimavam. Mas a sensação de poema ficava cá dentro. Quando gostava muito delas. Até que, um dia, chegou a Menina do Mar. E eu percebi que os poemas e as estórias eram feitas por pessoas que conheciam outras pessoas, coisas e lugares que um dia, eu também queria conhecer. E pensei na sorte de Sophia! Por conhecer uma menina “de cabelos verdes, olhos roxos, com um vestido de algas encarnadas”. E um Rapaz de Bronze e uma Fada Oriana e um Cavaleiro da Dinamarca. E, depois, por Sophia, descobri que as estórias podiam ter poemas dentro. [Como os filhos, dentro dos abraços dos pais]. Como na estória A árvore, que tanto gostei de ler. E percebi, com clareza, que uma árvore pode transformar-se numa barca. E que, deste modo, uma árvore pode viver no mar. E descobri como um mastro se pode transformar numa guitarra e como essa guitarra pode ter voz. E como essa voz pode ser uma canção e como uma canção pode ser um poema. E como um poema pode ser a memória de uma árvore ou de um povo.
Ensinou-me o espanto. Foi assim que comecei a amar Sophia. Desde muito cedo. Ela cresceu em todos os meus sentidos. Em todo o meu sentir. E percebi, com ela, que não podia viver sem livros. Porque os livros dela me tinham ensinado a olhar para além do aparente. E foi, assim, que a fui procurar às livrarias. Pelo nome. E foi dela, o primeiro livro que eu comprei. Histórias da Terra e do Mar. E, depois, todos os outros que me chegaram. Até toda a sua poesia me entrar, letra a letra, nas veias. E circular como seiva. Até perceber a raiz do “inteiro” e do “original”. Até compreender todas as ilhas que habitam o mundo. Até me apaixonar pela Grécia. Até o mundo, não respirar sem ela. Sem a sua poesia.
E depois, ia-lhe escrevendo cartas. Até que um dia, em Viana do Castelo, durante uma Presidência Aberta, dei conta de nós, no mesmo lugar. Do lado de fora dos poemas. Peguei nas minhas cartas e nos seus livros. Na convicção mais funda do nosso encontro. E nas palavras iniciais que lhe queria dizer. Quando cheguei à Pousada de Santa Luzia, não havia santa que valesse a tanta ansiedade. Não sabia onde por as mãos e, muito menos, o coração. Não sabia nada. O seus poemas todos cá dentro. Como se fossem um só. As palavras apertadas na garganta. Os lábios colados. Quase não respirava. E acho que, mesmo assim, rezei. Para aquela gente ir toda embora. Mas não aconteceu. Até que ela se levantou e eu paralisei. Mas consegui ouvir e ver. E vi-a tão extraordinariamente bela. Tão extraordinariamente sábia. Tão extraordinariamente serena. Que não consegui fazer nada. Nem tão pouco aproximar-me. Admirei-a de longe. Como tinha de ser. Numa afasia total. Numa epifania absoluta. Dentro dos livros. No nosso lugar. Até ao dia da sua morte. Doze anos, depois, daquele dia, em que a vi. Sem a imaginar. Nessa noite de Julho, li-lhe as minhas cartas. Em voz alta. Só lá estava eu. E ela.
Sophia de Mello Breyner e Andresen
Escrito/editado por Marta 7 Terráqueos
Etiquetas: A História Devida, Antena 1, Sophia de Mello Breyner Andresen
sexta-feira, agosto 28
A pior capa que lhe passou pelos olhos
Esta é de fugir! Mas há pior. A iniciativa é da Pó dos livros. Quais as 10 piores capas de sempre da edição de livros em Portugal? Participe. Aqui.
Escrito/editado por Marta 13 Terráqueos
Etiquetas: blogs que leio
Cá entre nós, que ninguém nos ouve
Escrito/editado por Marta 11 Terráqueos
Etiquetas: telegramas em vez de cartas
Logo à noite lá estaremos
Para a Carla; o António e o José :) e...logo à noite, lá estaremos, no Palácio de Cristal! Por muitos motivos e mais este ;)
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Saia um filme, sff
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Etiquetas: jornalistas, Miguel Carvalho, Reportagem, Revistas
Os amigos
Escrito/editado por Marta 3 Terráqueos
Etiquetas: amigos, aniversários, José Tolentino Mendonça, Poemas que sinto
quinta-feira, agosto 27
Fotobiografia
Escrito/editado por Marta 6 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Jorge Luis Borges, livros
quarta-feira, agosto 26
Um Mini azul escuro e um casaco vermelho
fico sempre num sobressalto a pensar se será o meu ou não. Adiante.
Na hora do almoço fui a um dos tasquinhos onde costumo comer qualquer coisa e apanhei o final do noticiário da RTP. Fechou com a notícia de que o Mini faz 50 anos. Acho que era isso. A dado momento deixei de ouvir. Não só porque o som estava estranhamente muito baixo mas porque, num ápice, fui remetida para a minha infância.
A minha mãe tinha um Mini. Azul escuro, de estofos claros. E dizia-nos a mim e ao meu irmão [os mais novos ainda não tinham chegado] que não podíamos comer gelados lá dentro, por causa dos estofos. No dia em que o carro chegou – lembro-me perfeitamente – novinho em folha, eu e a minha mãe fomos à costureira. Às vezes a costureira ia lá casa. Aliás, a penúltima prova do meu casaco vermelho, de pelo, quentinho, tinha sido feita num dos quartos que tinha um espelho enorme, o do guarda-vestidos. Estávamos no mês de Setembro e as aulas começariam, em breve, no colégio. Aquele colégio do baloiço azul todo debruado a ciprestes verdes.
Nesse dia, em que o Mini da minha mãe chegou, ela estava mesmo contente e fomos à Candidinha. Acho que fomos fazer tudo o que a minha mãe podia fazer naquele fim de tarde ao volante do seu Mini.
Estacionou e lá fomos nós, de mão dada, à costureira mais faladora do mundo. A minha mãe fez mais uma prova do seu saia-casaco e eu vesti o meu casaco vermelho, a três quartos, já pronto a levar para casa. Vesti-o sob o olhar de ternura da minha mãe e o olhar atento da Candidinha.
A Candidinha, feliz, a abotoar-me o casaco, até à golinha, enquanto dizia: quem é que vai ficar tão linda, tão linda, quem é? O casaco tinha uns botões vermelhos, redondos como cerejas e eu a olhar ora para o espelho ora para o casaco, com uma imensa vontade de chorar.
A minha mãe, agora da minha altura, a procurar os meus olhos e eu com eles rasos de água e a minha mãe a perceber, a perceber, até que as lágrimas me caíram cara a baixo e, num instante, já soluçava.
A Candidinha a perguntar e, então Martinha, dói-te alguma coisa, filhinha? Tas tão bonita, de casaco novo, o que é que te dói? O que é que a menina tem?
E eu, ainda cheia de soluços, dentro do meu casaco de pelinho vermelho, cheia de calor, disse à minha mãe, muito baixinho, que não queria aquele casaco. E a minha mãe, a perguntar-me porquê, se era tão lindo e me ficava tão bem. E eu, ainda mais baixinho, disse-lhe que não gostava dos bolsos, que os bolsos não eram assim, eram de papel. A última vez que eu tinha vestido o casaco, os bolsos eram de papel, presos com alfinetes a toda a volta e, agora, nem bolsos de papel nem alfinetes e eu tinha sonhado com o casaco, assim, com bolsos feitos de papel de jornal, onde com jeitinho, haveria de conseguir meter as mãos.
Escrito/editado por Marta 15 Terráqueos
Etiquetas: Crónicas de uma marta anunciada, memórias, Mini
A gente não faz amigos, reconhece-os
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer.
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado,morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber -que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os.
Escrito/editado por Marta 7 Terráqueos
Etiquetas: amigos, amizade, Prosa, Vinicius de Moraes
terça-feira, agosto 25
a ver se alguém me ouve
Eu também não, D. Duarte! Mas esta manhã, está a ser difícil... É que ninguém me escuta, percebem? Vou ter de falar muito baixinho...a ver se alguém me ouve!
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas, jornais
Um sorriso intemporal
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas
De novo o sol, das novas tecnologias
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Etiquetas: jornais, jornalistas, Revistas, TIC
segunda-feira, agosto 24
Um filme dentro dos olhos
« (…) Pelo contrário, e não nos ocorre melhor elogio a UP , é mais adulto – e emocionalmente mais sincero, mais genuíno e mais maduro – do que muita coisa que por aí anda, em “live action”, a ser vendida aos adultos. É o que lhe permite, por exemplo, começar o filme por uma morte.», escreve Luís Miguel Oliveira, acrescentando (…) Mexendo nuns pormenores aqui e ali, não ficávamos longe de um “Gran Torino” em desenho animado. Exagero? Um bocadinho. Mas a justeza e a autenticidade do “trânsito” emocional entre aquelas duas personagens pedem que se exagere um bocadinho».
Exactamente! Ambos têm mau feitio! Mas quebram! Ambos nos fazem rir e chorar...
Uma delícia de história. UP – Altamente é um excelente filme de animação da Pixar. Fui vê-lo com a Francisca, quase 8 anos. Pusemos os óculos 3D e, no fim, ela diz-me: sabes tia, ver um filme 3D, com estes óculos, é como ter o filme dentro dos olhos. Pois é, Francisca, é como ter o filme dentro dos olhos. E ficar com o brilho dos teus, nos meus :)
Escrito/editado por Marta 4 Terráqueos
Etiquetas: filmes de animação, Up - Altamente
Homens a leilão
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: artes plásticas, Espaço T, eventos, Leilões
Fragilidades
Há dias assim. Em que encontramos a imagem perfeita para ilustrar o nosso estado de espírito.
"Fragilidades". É um cartoon do Tonho. Descobri-o porque ele me descobriu. E quem fica a ganhar sou eu. Gosto imenso de cartoons! Muito mesmo. Vale a pena ir lá espreitar. E ficar!
Escrito/editado por Marta 3 Terráqueos
Etiquetas: blogs que leio, cartoons
felicidade versus tristeza
Sábado, dia 22 - garanto-vos - foi um dia muito feliz. Jamais o esquecerei. Feliz. Absolutamente feliz. Sem reservas. Fomos jantar. Um grupo de amigos. Entre esses amigos, estava uma amiga com quem, a cada encontro, ganho uma afinidade. Afinidades invulgares, diga-se. Um dia explico.
Conversamos, rimos, recordamos. Falamos de férias - sim, que ainda não as esgotamos - fizemos planos para amanhã. Para depois de amanhã. Para Setembro.
Hoje, dia 23, a mãe dessa amiga já não está entre nós. Assim, sem mais. Sem que nada o fizesse prever. Exactamente como na vida!
E não me larga o pensamento aquela frase do Chaplin: "a felicidade completa é algo que está muito próximo da tristeza".
imagem: cirandar
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Etiquetas: amigos, amizade, felicidade, tristeza
sexta-feira, agosto 21
E peço ao vento
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
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Cinema ao ar livre
Uma noite de calor em Beja. O marulhar da folhagem, como se o mar tivesse alagado o Largo do Museu. Por entre os rostos, por entre as mãos, por entre os arcos, uma brisa suave. Mas ninguém pestanejava na plateia. Uma noite de cinema ao ar livre. Como há muito tempo não via. Uma noite de calor. Um calor apertado que empurrava as estrelas contra o céu. O filme, seguramente para pais e filhos, não sei. Não lhe soube o nome. Mas sentei-me. A entrada era livre. E eu cheguei por acaso. O calor apertado empurrava as estrelas contra o céu. E em vez de gritarem, brilhavam. Intensamente.
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
Etiquetas: Beja, Cinema ao ar livre
E a melhor receita de sangria...
...quem a tem? Para eu dar ao meu amigo Neville! Agora, está na Escócia. E pede que lhe mande a melhor receita de sangria! O meu "kiwi friend" adorou esta bebida com frutos dentro! Quer experimentar fazê-la, lá na Nova Zelândia. Portanto, quem tiver a melhor receita, por favor, dê-ma! Obrigada :)
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
Mais parabéns
ou
Este blog, hoje, dia 21 de Agosto, está em festa! Duas amigas, muito queridas fazem anos! Este é para a Paulinha. Ela sabe porquê :) :) :) :) parabéns minha querida! Tudo de BOM...
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Etiquetas: amigos, amizade, aniversários
O Porto é só uma certa maneira...
Escrito/editado por Marta 4 Terráqueos
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quinta-feira, agosto 20
Fífias, frames e muitos sorrisos
Eu não sabia jogar snooker! Agora já sei. Quer dizer, sei mais ou menos :) O mestre [o meu absolutamente querido e paciente cunhado] ensinou-me! Mas ao lado da minha irmã - para meu espanto - tenho de ter, ainda, mais umas cem lições. No mínimo! Ele é break, atrás de break! E eu a vê-los jogar! Obrigada! Foi uma excelente semana. Com momentos excepcionais e muito, MUITO divertidos :)
imagem: há vida em marta
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Voltar ou não, eis a questão
Sabem aquela música do Rui Veloso - as regras da sensatez? - um hino aos não-regressos; uma música que oblitera aquela máxima do não voltes...; uma espécie de filosofia heraclitiana aplicada aos lugares onde já fomos felizes. Substitui-se o rio pelo lugar, o banho pela felicidade e pronto, vai dar ao mesmo, digo eu!
Mas o certo é que fico sempre naquela de será, não será. Vou não vou. Não sei se vá, não sei se fique [ ou o filme da sala ao lado deve ser melhor do que este... não resisti :) private joke]
Fico sempre a pensar nos lugares onde fui imensamente feliz; fico sempre a pensar algo muito básico. É que me ocorre sempre a mesma coisa. A felicidade devia ser como a idade: nunca menos. Assim, esta questão não faria sentido nenhum! E se calhar não faz. Mas o certo é que a letra do Carlos Tê adverte: "nunca voltes ao lugar/onde já foste feliz/por muito que o coração diga/não faças o que ele diz". Mas eu fiz! Estar em Évora e não regressar a este restaurante soa-me a pecado mortal! Regressei. E a açorda de marisco do "1/4 para as nove" estava igualzinha. Quase vinte anos depois! Divina. Absolutamente divina. E aquela dose recomendada para duas pessoas dava para três. E olhem que eu e a minha irmã somos um bom talher!
1/4 para as nove, recomenda-se vivamente, como se não houvesse outros magníficos restaurantes na cidade!
imagem: há vida em marta
Escrito/editado por Marta 10 Terráqueos
Etiquetas: Évora, restaurantes
terça-feira, agosto 18
Volto já
Entre o Alentejo e o Minho. O verde Minho. Tantas coisas. Muitas. Sem internet, às vezes. Évora, novamente. Um regresso, muitos, muitos anos depois. Alvito. Branco, silencioso e quente. Com um coreto fabuloso. [eu adoro coretos] Uma revista toda saudade, de que voltei a gostar especialmente. Um aniversário, o do José, por dizer, no passado dia 16. Um filme, UP, com a Francisca ao lado. E, ainda, uma encomenda à minha espera nos CTT. Literalmente a mais doce. A provar que os SONHOS voam. E valsam. A validar memórias e afectos.
Eu volto mais logo, com tempo. À margem esquerda do Rio Douro.
imagem: há vida em marta
Escrito/editado por Marta 9 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas
quinta-feira, agosto 13
Escrito/editado por Marta 20 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Maria Teresa Horta, Poemas que sinto
Preto, colorido. Forte, suave. E secreto.
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Etiquetas: blogs que leio
É um homem que sabe jogar com os outros
Escrito/editado por Marta 3 Terráqueos
Etiquetas: José Mourinho, Miguel Esteves Cardoso, Revistas
quarta-feira, agosto 12
Por causa de um poema
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Mia Couto
terça-feira, agosto 11
Pergunta-me
Escrito/editado por Marta 13 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Mia Couto, Poemas que sinto
5 estrelas e 6 meninos Jesus
« [...] A reportagem, ensina-se nas escolas, é o género mais nobre do jornalismo. E o lugar-comum deve ser evitado no jornalismo."A reportagem é o género mais nobre do jornalismo" já é um lugar-comum. Mas convém fixá-lo na hora de ler "Aqui na Terra", de Miguel Carvalho, pois terá pela frente 118 páginas da melhor reportagem que se faz em Portugal e nenhum lugar-comum. Apenas retratos de um país onde, mostra o autor, anda mesmo tudo ligado», escreve Ricardo Marques na Actual, do Expresso. E dá-lhe 5 estrelas. Ao livro.
É um livro 5 estrelas e 6 meninos Jesus! Abençoado, portanto! [mas disso eu já sabia...;)]
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segunda-feira, agosto 10
O artista
«Uma noite chegou à sua alma o desejo de moldar uma imagem d ´O Prazer Que Nos Habita Um Só Momento. E lançou-se ao mundo para procurar bronze.
Mas todo o bronze da Terra tinha desaparecido; em parte nenhuma deste mundo existia metal desse que pudesse ser encontrado. A não ser o que cobria a imagem d´ O Lamento Que Dura Para Sempre.
Na verdade tinha ele mesmo, com as suas próprias mãos, criado e deposto esta imagem no túmulo da única coisa que alguma vez amara na vida. Na sepultura daquilo que antes de morrer ele mais amara, colocou ele esta imagem do seu criar, para que pudesse servir como um sinal do amor do homem que não morrerá nunca, e um símbolo do lamento do homem que durará para sempre. E em todo o mundo não havia outro bronze excepto o bronze desta imagem.
Ele pegou na imagem que tinha esculpido e colocou-a numa grande fornalha, entregando-a ao fogo.
E a partir do bronze da imagem d´O Lamento Que Dura para Sempre criou uma imagem d ´O Prazer Que nos Habita Um Só Momento.
Oscar Wilde in Poemas em Prosa, p. 25, Cavalo de Ferro, 2002
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«Então adeus, Raul»
Em poucas linhas, está tudo dito na ante penúltima página do Público de hoje. É o Miguel Esteves Cardoso que assina.
imagem: Google
Escrito/editado por Marta 3 Terráqueos
Etiquetas: actores, Raul Solnado
sábado, agosto 8
Paga-me um café...
Escrito/editado por Marta 11 Terráqueos
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a noite pede música
"Porto Sentido" para a minha querida amiga Zaclis! Porque a nossa árvore está com saudades!
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: Músicas que ouço, Porto, Rui Veloso
sexta-feira, agosto 7
My kiwi friend
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
quarta-feira, agosto 5
Como se tu, sem o querer
Escrito/editado por Marta 10 Terráqueos
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Homens perfeitos
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
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Trânsito de pantanas
Ontem disse que o Porto, em Agosto, estava mais desimpedido do que uma planície alentejana! Cheguei a casa, atravessando a cidade, em 10 minutos. Hoje, um percurso que habitualmente faço em 15, 20 minutos, demorou uma hora e meia a fazer! Pois é verdade! E, mesmo assim, não consegui atravessar a avenida dos Aliados sem dar umas voltas inesperadas por ruas e vielas! O trânsito a conta gotas! No mês de Agosto, no Porto. Nunca tal tinha visto!
O que se passa, perguntei a um dos polícias parados na berma do passeio?
- São as comemorações do dia da Polícia!
Ora aí está! À conta da Polícia, hoje de manhã, o trânsito no coração do Porto estava de pantanas! Pior do que num dia chuvoso de Inverno. Em hora de ponta! Se eu sabia, tinha saído de skate! Palavra que tinha!
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
terça-feira, agosto 4
No entardecer dos dias de Verão
imagem: há vida em marta
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Fernando Pessoa
Portugal não está! Ou está em horário de Verão
Sim. Já todos sabemos, eu sei. De manhã, após seis telefonemas percebi: Portugal não está! Foi de férias. É sempre assim, em Agosto. Portugal não está! Ou, então, está em horário de Verão. Como a Biblioteca Pública Municipal do Porto. Por um triz, não bati com o nariz na porta. Porque um amigo chegou primeiro e avisou-me: não venhas, fecha às seis. Às seis? Pois! O horário habitual 09.00 -19.30h passou a 10-18h! E eu com tanto trabalho em mãos. Com uma vontade enorme de me atirar à pesquisa de alma e coração. Resta-me o Google. A funcionar 24 horas por dia, indiferente aos meses de estio. E o caminho até casa, desimpedido como uma planície alentejana. Ao menos isso! Amanhã, às dez, lá estarei.
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Etiquetas: biblioteca pública, horários de verão, pesquisas
Ícones do design [e do sabor, na porta em frente]
Até 30 de Setembro a exposição ícones do design - colecção Paulo Parra, pode ser visitada na Igreja de S. Vicente, no largo com o mesmo nome, em Évora. O site da Câmara Municipal, organizadora do evento, diz assim:
«A qualidade dos objectos fabricados pelos seres humanos foi uma das características emblemáticas do século XX e algumas marcas distinguiram-se pela vontade de aproximar os seus produtos às necessidades dos seus utilizadores. Domésticos, portáteis ou microportáteis estes objectos estabelecem progressivas relações de proximidade com o corpo humano, complementando as suas características físicas no relacionamento com o meio ambiente e melhorando as condições de vida do homem. Estes objectos desempenharam um papel social fundamental no desenvolvimento humano e permitem-nos compreender melhor a nossa história.
Grande parte destes objectos são considerados ícones do design e foram integrados em colecções de museus, como nos casos do Museu de Arte Moderna em Nova Iorque, do Design Museum de Londres ou do Centre Georges Pompidou de Paris. Nesta colecção podem encontrar-se peças criadas por nomes como Peter Beherens Wilhelm Wagenfeld, Henry Dreyfruss, Walter Dorwin Teague, Mario Bellini, Jacob Jensen ou Philipe Stark. A estes nomes, protagonistas no processo de humanização dos sistemas tecnológicos, é atribuída a autoria de algumas das peças mais importantes da história do design industrial.
Esta mostra estará patente ao público até dia 30 de Setembro e pode ser visitada no seguinte horário: terça a sexta-feira das 11:00 às 13:00, e das 15:00 às 19:00; e sábados, domingos e feriados só no período da tarde.»
No fim da visita, pode entrar na porta em frente, no outro lado da rua, claro está, e escolher um, dois, três sabores, entre os muitos que a gelataria oferece. São artesanais. São ZOKA! São divinos. São imperdíveis. São uma ZOKA, é o que é!
imagem: Google
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
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Esbanjar o que dói
Nós alegres, a revista número 13, que integra a edição do I do passado Sábado, é das que mais gostei de ler! E a abrir lê-se de imediato uma citação de Vergilio Ferreira, escritor que aprecio muitíssimo. Diz assim:
« A alegria do que nos alegrou dura pouco. A dor do que nos doeu dura muito mais. Vê se consegues poupar a alegria e esbanjares o que te dói. Vive aquela intensamente e moderadamente. E atira a outra ao caixote. Talvez chegues a optimista profissional e tenhas uma bela carreira de político.»
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, jornais, Revistas, Vergilio Ferreira
segunda-feira, agosto 3
No princípio era o napron...
No princípio era o napron, agora é o menino da lágrima! O anúncio está genial. Parabéns ao mentor! E o diálogo é surreal. Non sense absoluto. Como eu gosto ;)
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
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Obra de Machado de Assis na net
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Machado de Assis
Obrigada VIDA!
A felicidade completa é algo que está muito próximo da tristeza. Disse o Charles Chaplin. E um dia eu concordei!
Hoje - porque amanhã pode ser outra - minha versão é esta:
A felicidade completa é algo que está muito próximo de Évora!
Acordar num silêncio sábio de oliveiras centenárias. Esperar por nós um pequeno almoço para degustar em duas horas ou mais... enquanto se lêem todos os jornais que foram ali parar por magia. Todos.
E o dia começa assim, demoradamente...
Tão bom! Tão extraordináriamente bom! Obrigada vida!
Escrito/editado por Marta 4 Terráqueos
Etiquetas: Alentejo