Mais uma vez, casa cheia na FNAC do Norteshopping, na passada sexta-feira, para mais uma apresentação do livro "Lúcio Feteira: das Origens à Glória". Pormenores aqui , no blog do autor.
domingo, dezembro 11
Casa cheia!
Mais uma vez, casa cheia na FNAC do Norteshopping, na passada sexta-feira, para mais uma apresentação do livro "Lúcio Feteira: das Origens à Glória". Pormenores aqui , no blog do autor.
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quarta-feira, novembro 30
segunda-feira, novembro 28
O livro de que se fala
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quinta-feira, novembro 24
Já está nas livrarias... e não se consegue parar de ler...
[...] Dos cabarets à pintura, do ballet ao cinema, da escultura à fotografia, a comunidade russa contamina a França, de Cannes a Paris, com seus talentos, encantos, misérias e cheiro a mofo.
A capital é a nova casa de mulheres fatais, sofisticadas, ex-condessas e ex-damas da corte russa.
Músicos russos seduzem os parisien...ses com as suas melodias tradicionais. Antigos generais czaristas, engalanados como no tempo do Império, são agora porteiros da lendária vida noturna de Paris.
Todas as noites gera-se uma azáfama considerável na margem direita do Sena.
Homens de fraque e mulheres copiando as roupas e trejeitos das atrizes famosas confluem para a Rua de Liége, 3, onde uma enorme porta de grossa madeira cravada na parede simula o imaginário de um castelo. Entre os habitués do Cabaret Shéhérazade está Lúcio Feteira.
A porta abre-se num estalido.
Lá dentro, um cenário oriental com o charme da decadência acolhe a alta sociedade cosmopolita de Paris.
Tecidos luxuosos forram os tetos, em balão, e descem pelas paredes.
Pelas mesas, envoltos em névoas de fumo de cigarros, repousam os melhores champanhes em baldes de gelo.
O ambiente é sumptuoso, desde os trajes típicos dos empregados ao mobiliário. A Rússia czarista sobrevive no Shéhérazade num cenário de ceias pantagruélicas, com orquestras e balalaicas em fundo.
Lúcio viveu os seus últimos anos de juventude sem compromissos, sem regras e sem perder muito tempo a pensar no futuro.
«Fui muito feliz em Paris», recordará, melancólico.
Naqueles loucos anos 20, diverte-se até ao amanhecer, rodeado de tentações e fazendo as amizades mais improváveis, entre elas a do príncipe Carol, da Roménia, cúmplice de madrugadas e perdições, pouco dado aos rigores do matrimónio e famoso pela sua desconcertante vida amorosa.
Embriagado de boémia e rodeado de companhias que desafiam a libido, Lúcio demorará ainda uns meses a cair na realidade.
Mas o pecúlio acumulado na odisseia africana estava a finar-se e Feteira começa a perceber o estreito caminho em que se havia metido.
Embora relutante em abandonar uma vida de fausto, toma a decisão de embarcar no Sud-Express e regressar a Portugal.
Despede-se dos amigos e dos romances, compra o bilhete e parte. [...]
Miguel Carvalho in Lúcio Feteira, A História Desconhecida, pag. 101, QuidNovi, 2011
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domingo, novembro 20
...e a data apróxima-se...
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domingo, outubro 30
Está quase a chegar às livrarias
«A 8 de dezembro de 2009, Rosalina Ribeiro, secretária e amante do milionário Lúcio Tomé Feteira, foi assassinada no Rio de Janeiro, no Brasil. O crime trouxe à luz do dia a violenta disputa da incalculável fortuna do industrial nascido em Vieira de Leiria. «O caso da herança Feteira», até aí assunto de advogados e tribunais, saltou então para as páginas da Imprensa e para o horário nobre das televisões.
Quem foi Lúcio Feteira? Que segredos e mistérios atravessaram a sua existência? O que se esconde por detrás da sua riqueza? Porque lhe chamavam génio, louco e perigoso? Que histórias e tragédias marcaram a família? Quem foram as mulheres da sua vida? Em que polémicas e conspirações se envolveu? Porque quiseram matá-lo?
Com recurso a dezenas de entrevistas e testemunhos, centenas de documentos inéditos e milhares de páginas de arquivos públicos e privados, esta é a primeira parte da história nunca contada de um homem poderoso, fascinante e controverso, que morreu à beira de celebrar cem anos, idolatrado e odiado.»
Lúcio Feteira – A história desconhecida, Miguel Carvalho, Volume 1, Das origens à glória, 304 páginas, Quidnovi Editores
APRESENTAÇÕES
- Vieira de Leiria - 26 de Novembro (sábado), às 16.30, no auditório da Junta de Freguesia.
- Lisboa - 4 de Dezembro (domingo), às 17 horas, com apresentação do jornalista Mário Zambujal
- Porto - 9 de Dezembro (sexta), às 22 horas, na Fnac do Norteshopping, com apresentação do jornalista, Carlos Daniel
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terça-feira, fevereiro 22
Rui Rio na Almedina
«A sessão da Comunidade de Leitores da Almedina no próximo sábado, 26, tem um convidado especial: Rui Rio. Porquê o convite ao Presidente da Câmara do Porto para participar numa tertúlia literária? Simples: Rui Rio publicou em 2002 um livro que reúne algumas das suas principais reflexões sobre a política nacional e autárquica, cujas temáticas mantêm enorme actualidade. Nas páginas de «A Política in situ» (Porto Editora) fala-se das grandezas e misérias da actividade política através de temas que continuam na ordem do dia: financiamento partidário, leis eleitorais, o papel do Estado, o poder mediático, a herança do 25 de Abril, o estatuto dos deputados, a Justiça, a noção de interesse colectivo, a crise de valores, Lisboa e o País, entre outros. Podemos concordar ou não com as opiniões e posturas de Rui Rio, mas ninguém negará a importância deste debate numa altura em que o próprio autarca admite estar em risco o regime saído da Revolução dos Cravos, em 1974 (ver notícia de hoje no jornal «I»). Sábado, a partir das 17 horas, no Arrábida Shopping, lá estaremos, na livraria do costume».
Desviado daqui
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sábado, janeiro 15
O regresso da Comunidade
A Comunidade de Leitores está de volta! É o terceiro ciclo. Mas o cenário não muda: Almedina do Arrábida Shopping. Nem o cenário, nem o dinamizador das tertúlias: Miguel Carvalho. Livros em volta. Olhares atentos. Mote: cidade do Porto.
«Aqui fica, pois, a lista definitiva dos participantes e as respectivas datas das sessões. Creio que os convidados garantem, pelo menos, uma ampla variedade de abordagens: da política à poesia, da religião às tradições populares, das memórias à escrita de um Porto sentido. Os interessados em participar devem fazer uma inscrição gratuita na Livraria Almedina do Arrábida Shopping».
Anotem, s.f.f.
Últimos sábados do mês – 17 horas
JANEIRO (dia 29)
JOEL CLETO
Livro: Lendas do Porto (Quidnovi)
FEVEREIRO ( dia 26)
RUI RIO
Livro: A Política In Situ (Porto Editora)
MARÇO (dia 26)
CARLOS TÊ / MANUELA BACELAR
Livro: Cimo de Vila (Afrontamento
ABRIL (dia 30)
D. MANUEL CLEMENTE (Bispo do Porto)
Livro: Porquê e Para Quê – Pensar com Esperança o Portugal de Hoje (Assírio & Alvim)
MAIO (dia 28)
FILIPA LEAL (+ sessão de poesia)
Livros: A Cidade Líquida e Outras Texturas, O Problema de Ser Norte e a Inexistência de Eva (Deriva Editores)
JUNHO (dia 25)
ALFREDO MENDES
Livro: Porto – Naçom de Falares (Âncora)
Fonte: aqui
imagem: Claudia de Sousa Dias
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segunda-feira, novembro 15
Prémios Gazeta entregues hoje
Com base numa investigação em que aos testemunhos actuais de pessoas que de algum modo estiveram ligadas a Joaquim Ferreira Torres se junta um aprofundado trabalho de recuperação de variada documentação, parte da qual inédita ou pouco explorada, Miguel Carvalho traça o perfil, o percurso, os relacionamentos e os contextos que acabaram por conduzir o protagonista ao trágico desenlace final. Numa linguagem concisa e num estilo fluido, Miguel Carvalho devolve-nos, reconstrói e enriquece a memória de um passado demasiado recente para poder ser esquecido ou ignorado, o que reveste “Os segredos do Barro Branco” de uma inegável actualidade.
Fonte: AQUI
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domingo, novembro 7
Estão todos convidados
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sábado, agosto 28
As sete vidas do Porto
Sentado numa das mesas do Café Piolho, horas antes de a Praça Parada Leitão se transformar no habitual enxame das noites de sábado, o radialista Álvaro Costa folheia o Financial Times. A leitura das páginas salmão recorda-lhe uma evidência: agora, já não precisa de andar com uma lupa à cata de notícias sobre o Porto na Imprensa internacional. Dos jornais de referência às sedutoras Wallpaper e Monocle "têm sido publicadas muitas e boas coisas. Isto está a mexer!".
Nas artérias das redondezas borbulha esse novo burgo, renascido da oratória da lamúria. Arranham-se guitarras para os concertos de rua do Porto Sounds e reservar mesa para jantar pode ser um martírio antes do mergulho nas seduções que a noite tece. "Mistura de Antuérpia, Bruges e Amesterdão, com uma pitada de Dublin", eis a cidade que salta agora aos olhos, "sem mortos nem feridos", diz Álvaro Costa.
Baixa é conceito vago, não se sabe onde começa e acaba.
Das janelas da Rua da Torrinha saem sons de violinos desencontrados. Nas Galerias Lumière, dão-se os últimos retoques nos preparativos para mais um flashback musical até o dia raiar. No Espaço 77 da Travessa de Cedofeita fritam-se os rissóis que vão aconchegar os estômagos líquidos e dançantes da Casa de Ló ou do Pherrugem. O Rádio deixou a sua gruta em Miragaia e botou corpo: agora é esplanada, bar e discoteca com varanda para a Praça Filipa de Lencastre, desassossego das almas noctívagas e dos hóspedes do Hotel Infante Sagres (conta-se que, no início da movida, um sheik árabe terá saído desaustinado do quarto, a meio da noite, enfurecido com o marulhar da onda tripeira).
Na Rua da Galeria de Paris, a Meca do momento, a tarde cai lenta no bar-restaurante com o mesmo nome, rodeado de armários antigos que guardam velhos rádios, brinquedos, cartazes de cinema e outras memórias feitas relíquias.
Mas a noite não tarda e entupirá a rua.
Quase defronte, a Casa do Livro espera nova enchente madrugada dentro, enquanto o piano descansa de outras folias tardias.
Em dias de semana, o ritmo do camartelo e o corrupio de camiões com entulho anunciam um processo de renovação em curso na Rua do Almada, que já foi "dos ferreiros. Na artéria freak, onde o restaurante Cão Que Fuma ainda é, para alguns, ponto de partida para a noite, refazem-se fachadas e pintam-se casas para alugar e vender. Isto, anos depois da chegada da loja-galeria-livraria-bar Maria Vai com as Outras e das montras de vinis, de mobiliário vintage, de artesanato urbano, de vestuário, da seita da lomografia e outras devoções.
Design arrojado de interiores, espírito inventivo e filosofias não convencionais associadas aos negócios determinam cultos, diferenciam lugares, impõem estilos. "O Porto tem hoje espaços com um cuidado estético e um conceito associado que são quase imbatíveis", sugere Pedro Araújo, que abriu o Cafe au Lait no silêncio sepulcral da hoje incontornável e ruidosa Galeria de Paris. "Da arquitetura ao mobiliário, da música às bebidas, quis dar personalidade e coerência ao lugar", justifica o dono deste café-bar, moderno e antigo q.b., frequentado por senhoras "chá das cinco ", profissionais liberais e estudantes wireless, conforme as vagas do dia.
Noite dentro, com o cartão de consumo obrigatório abolido na maioria dos espaços bebíveis, o Porto, mais democrático, desagua em definitivo na rua, entrando e saindo dos sítios quando e como lhe dá na telha.
Para Álvaro Costa, este bulício deu à Baixa um ar de "centro Erasmus rock & roll", com ritmos e traços "da geração digital" a refletirem-se em "movimentos artísticos e tendências que vão do sítio x à maluqueira z". Não faltam o toque bourgeois, decorações e postura retro chic, ares de "capitalismo copofónico " e figuras como Rui Moreira, da Associação Comercial do Porto, "o nosso Bernard Henri-Lévy. Tão confortável a pensar a cidade, a comer uma francesinha ou a tomar café em Tóquio". A urbe vive "o seu PREC tardio. O 25 de Abril está ainda muito fresco, mas lá chegará o 25 de Novembro", antecipa o animador da emissora pública.
E, NO ENTANTO, MOVE-SE...
Foi tudo muito rápido. Mas não tão rápido assim.
Há uns anos, Álvaro Costa punha o pé fora do edifício da RDP na então deprimente Rua Cândido dos Reis e já sabia que ia encontrar "a puta que, todos os dias, prometia deixar a vida" e dar de caras com o "seu" Hitler Manson, "uma dessas figuras de cérebro avariado que vagueiam pela cidade com discursos a norte de Hitler e a sul de Charles Manson".
Nesse tempo, a Baixa era ainda "vida de esquina", recorda o jornalista. Sucediam-se, como na canção, ruelas e calçadas de "pedras sujas e gastas". Lampiões "tristes e sós" iluminavam prédios devolutos, moribundos armazéns de tecidos e o caminhar de uns quantos "fantasmas" inseguros.
Da animação gerada pela Capital Europeia da Cultura, em 2001, nem rasto. O Porto estivera in, é verdade, mas o novo executivo camarário estava out e com a ressaca de obras do evento para pagar. Acabadinho de chegar ao município, Rui Rio prometera guerra aos interesses instalados, pondo-se a jeito: "Ainda não me chamaram inculto, mas pouco falta." Chamaram-lhe isso. E muito mais.
O fascínio da Invicta sobrevivia, lá fora, à custa do habitual tom sépia, ilustrado com o Vinho do Porto, o Douro, as pontes e o casario da "pitoresca cidade" em cascata, vestida com aquilo a que alguns chamam "o charme da decadência ". Desafinado do eterno postal, só o quinteto Universidade, Arquitetura, Serralves, Casa da Música e FC Porto galgava fronteiras e impressionava a exigente e seleta Europa da champions league.
Contestado, La Féria ocupava, entretanto, o Rivoli. Famílias varreram a naftalina da toillete e voltaram a incluir o teatro na agenda. "Não sofro de complexos de intelectualismo. Por isso, no confronto com a cidade só para alguns, ainda bem que ganhou a cidade para todos", refere Hélder Pacheco, historiador do Porto.
Algo nunca visto anunciava-se, porém, no horizonte. [...]»
[este magnífico texto do jornalista Miguel Carvalho, continua AQUI.
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sexta-feira, julho 9
Eu, Mariana
«Lembro-me dos sons da liberdade chegarem de noite, pela calada, arranhados como uma canção usada. A verdade, naqueles anos, tinha um preço alto e era uma palavra que entrava em casa através de vozes raras e roufenhas. Pousávamos uma cafeteira em cima do rádio velho, a fazer de antena, e sintonizávamos o Portugal livre, que existiria longe da vista, mas nunca longe demais para os nossos sonhos.
Tinha 19 anos e era muito bonita, sabes?
Não punha pé na rua sem as sobrancelhas arranjadas com minúcia e um par de horas diante do espelho. Com a idade e os avessos da vida, a gente habitua-se ao desuso do corpo e dos caprichos. Mas ainda hoje morro de saudades do meu corte de cabelo soixante-huitard, falsamente despreocupado, do meu vestidinho de manga curta e saia acima do joelho, com pequenos e rebeldes quadrados coloridos a cinza e preto, e o sapatinho branco de fivela, de fino e curto tacão. Nos meses frios, não largava a boina – já devia ser tique revolucionário – e o meu amado casaco de gomos, que usava com calça branca. Havia ali um ar vagamente queque, é verdade. E sim, os rapazes rondavam-me, mas eu sempre à míngua de tempo para eles, exceptuando um outro «namorico», de amar e largar.
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sexta-feira, novembro 20
2ª edição para Aqui na Terra
«Já é oficial: o “Aqui na Terra” vai para segunda edição. A boa notícia junta-se a outra: em cinco meses, fizemos já dez apresentações do livro, “à deriva, com o rumo certo”. E feitas as contas, juntamos mais de 400 pessoas em diversas sessões e tertúlias, muitas vezes a horas ditas impraticáveis. Verificamos que, afinal, há por esse País fora, quem queira ser cúmplice de palavras e ideias…aqui na terra. Entretanto, as apresentações no Alentejo transitam para Janeiro. Até porque, até meados de Dezembro, serão agendadas sessões em Espinho, São João da Madeira, Vieira do Minho e, possivelmente, Lisboa. A 15 de Dezembro sai nova fornada. E enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar…»
[...lê-se no blog do autor. em alguma das sessões agendadas voltarei a estar. antes do Natal... é que não há melhor presente do que um livro e um livro autografado, então, é a cereja...depois da capa...]
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quinta-feira, outubro 29
Aqui na Terra, país fora
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sexta-feira, outubro 9
II edição da comunidade de leitores Almedina
Miguel Real é o pseudónimo do professor e escritor Luís Martins. Nascido em Lisboa, em 1953, tornou-se sintrense por adopção. É licenciado em Filosofia e Mestre em Estudos Portugueses com uma tese sobre Eduardo Lourenço. A sua extensa obra abrange o ensaio, o romance e o teatro – este último em colaboração com Filomena Oliveira – e já foi galardoada com diversos prémios:
1979 – Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB com O Outro e o Mesmo;
1995 – Prémio Revelação de Ensaio Literário da APE, para Portugal – Ser e Representação;
2000 – Prémio LER/Círculo de Leitores para A Visão de Túndalo por Eça de Queirós;
2005 – Prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol para A Voz da Terra.
Uma bolsa do programa “Criar Lusofonia” do Centro Nacional de Cultura, permitiu-lhe seguir, em 2001, o itinerário do Padre António Vieira pelo Brasil, do qual resultou um diário e material para o romance O Sal da Terra, cuja publicação, em simultâneo com o ensaio O Padre António Vieira e a Cultura Portuguesa, coincidiu com a comemoração dos 500 anos do nascimento do jesuíta luso-brasileiro, em 2008.
Para além de escritor, especialista em cultura portuguesa e crítico literário, Miguel Real é professor de Filosofia na Escola Secundária de Mem Martins e membro, desde sempre, da equipa da biblioteca.
Tem publicadas várias obras, entre as quais “A Morte de Portugal” (Campo das Letras), “O Último Negreiro” (Quidnovi) e “A Ministra” (Quidnovi).
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terça-feira, setembro 15
Aqui na Terra, na estrada
era tão simples. eu ao volante de uma "pão-de-forma". na bagagem estantes com Aqui na Terra, do Miguel Carvalho. e um punhado de amigos. claro. depois, era só arrancar Portugal fora... e seria este o meu novo trabalho. a levar todos os livros às pessoas.
se souberem de uma vaga avisem :)
enquanto o sonho não se torna realidade, fica a agenda para os próximos dias. anotem aí s.f.f.
Escrito/editado por Marta 10 Terráqueos
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sexta-feira, agosto 28
Saia um filme, sff
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terça-feira, agosto 11
5 estrelas e 6 meninos Jesus
« [...] A reportagem, ensina-se nas escolas, é o género mais nobre do jornalismo. E o lugar-comum deve ser evitado no jornalismo."A reportagem é o género mais nobre do jornalismo" já é um lugar-comum. Mas convém fixá-lo na hora de ler "Aqui na Terra", de Miguel Carvalho, pois terá pela frente 118 páginas da melhor reportagem que se faz em Portugal e nenhum lugar-comum. Apenas retratos de um país onde, mostra o autor, anda mesmo tudo ligado», escreve Ricardo Marques na Actual, do Expresso. E dá-lhe 5 estrelas. Ao livro.
É um livro 5 estrelas e 6 meninos Jesus! Abençoado, portanto! [mas disso eu já sabia...;)]
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quarta-feira, julho 15
Aqui na Terra - imagens
Foi uma noite absolutamente fabulástica. De família, amigos, leitores. De beijos abraços, de palavras sábias e emotivas, de autógrafos. Muitos. Cem livros vendidos. Num ápice! Muita comoção. Muitos sentires. Sentidos. Foi lindo! Digo eu, daqui, do meu coração. Em bicos de pés, para me verem sorrir. Tão lindo, tão nosso, de todos. A desaguarmos numa francesinha. Ou não fosse uma noite feliz, no Porto. Onde se abrigam afectos. Afectos para sempre.
Escrito/editado por Marta 11 Terráqueos
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segunda-feira, julho 13
Aqui na Terra - lançamento do livro
Esqueçam a capa. Vamos directos ao miolo. É lá que vivem as histórias, que um dia foram reportagens, na sua maioria, da revista Visão e duas do semanário Independente. [Já extinto, como sabemos.] Há uma história inédita. Mas inéditas, vendo bem, são todas porque, de certa forma, são textos reescritos, limados contra o tempo e com espaço. O espaço que só um livro pode dar, porque um livro é um caudal de margens amovíveis. Ao contrário de uma reportagem. E, de certa forma são, também, todas inéditas, porque nunca antes coabitaram entre as capas de um livro. O livro chama-se Aqui na Terra e o autor é jornalista.
Miguel Carvalho é jornalista, mas podia ser antropólogo. Tem alma de. De João Pina Cabral. Por exemplo. O método das entrevistas para, em antropologia, fazer histórias de vida afina, aqui e ali, com o do jornalismo. Há diferenças, claro. E nem o Miguel Carvalho é antropólogo nem o Aqui na Terra é um diário de campo. É muito mais. No entanto, ao lê-lo não consegui deixar de traçar um paralelo. Nem deixar de pensar que estas histórias também tem «aromas de urze e de lama». Adiante.
As histórias de Miguel Carvalho não são sobre uma comunidade específica ou em extinção, ou, ou, ou... Não. O seu “trabalho de campo” foi realizado numa “comunidade” maior. Um país: Portugal. Com muitas histórias dentro. Muitos rumos. Onde o passado recente é memória colectiva. Onde a actualidade está tecendo História. Onde as pessoas são actores, sem hipótese de serem secundários. O papel principal cabe a cada entrevistado.
«O pecador Os últimos dias do padre Max, assassinado em 1976.O altar Em busca dos milagres que Fátima nunca viu. O cónego O sacerdote que não chegou a ser estátua. A seita O hipermercado da fé da Igreja Universal. A purificação Segredos que a vida encerra nos cemitérios. A celebração A aldeia refractária, orgulhosa da sua identidade. O pastor A vida de Hermínio Carvalhinho, antes e depois da fama. A cruz Viagem às profundezas da terra-mártir: Castelo de Paiva. O ritual A estrada da vida à boleia de um motorista de carreira. A agonia O definhamento das aldeias sem crianças. O santuário Homens que erguem o templo das massas. O martírio A ressaca de gerações numa vila do interior. A aparição O homem que ressuscitou ao passar a fronteira. A devoção À procura de Torga, no centro da terra. A via-sacra O fadário de João Correia, vida debaixo da ponte. A romaria O repórter desencontrado em Vilar de Mouros. A religião A aventura no País dos cançonetistas que entram no ouvido. O imaculado O Zeca Diabo português, de língua afiada e bofetada ligeira.»
Aqui na Terra fala-nos de pessoas. Homens. Terráquios. Dá-nos a conhecer episódios do país da última década em múltiplas frentes. O Portugal multitemático como a vida. A vida que supera sempre a ficção. A vida de um país em [foto] grafias tipo passe. Individuais, nítidas, a conferirem identidade a cada reportagem. São testemunhos ímpares. Documentos únicos. Histórias singulares que fazem o Portugal colectivo. Perfulgente. Baço. Comovido. Esquecido. Saudoso. Penitente. Trabalhador. Devoto. Amador. Aleijão. Sofrido. Bizarro. Contente. Sei lá. Muito Portugal.
Esqueçam a capa. Ou não. Não esqueçam. Porque de facto, após a leitura, dá-se a epifania: este Portugal por dentro, escrito por Miguel Carvalho é divino.
Divino e humano. Demasiado humano.
Muito importante: AQUI NA TERRA, editado pela Deriva, é lançado hoje, dia 14 de Julho, às 21.30, no espaço MAUS HÁBITOS, no Porto. A obra será apresentada por Nuno Higino, professor de Sociologia, escritor e antigo pároco de Marco de Canaveses e Zaclis Veiga, Professora de Fotojornalismo e jornalista brasileira. Estão convidados. Sei que sim.
imagem [fotografia da capa] Lucília Monteiro
Escrito/editado por Marta 14 Terráqueos
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