Nuvens e vento.
O que disse? Ai de mim, ai de mim. Nuvens? Vento? E não lhe parece que é tudo, olhar e reconhecer que aquilo que paira no azul interminável e vazio são nuvens? A nuvem sabe por ventura que existe? Nem a árvore nem a pedra, que se ignoram até a si mesmas, sabem que a nuvem existe; e estão sós.
Meus caros, olhando e reconhecendo a nuvem, podem pensar até na vivência da água (e porque não?) que se torna nuvem para depois se tornar de novo água. Bela coisa, sim. Para lhes explicar isso, basta um professorzeco de Física. E para lhes explicar o porquê dos porquês?
Luigi Pirandello in Um, Ninguém e cem Mil, pag. 38 e 39, 2003
4 Comments:
E na inconsciência esquecer quem somos, esquecer de existir para não ter de perguntar: porquê? Porque não se quer ouvir a resposta, ou porque não há resposta para obter! Há, apenas, viver!
Para o porquê dos porquês...basta ficar deitado a olhar as nuvems passarem!!! E basta!
Beijos
não há explic ânsias :)
~
Gostei muito da sua forma de escrever e descrever as nuvens...
Espero poder estar ao seu nível e fazer alguma magia com as minhas palavras ao escrever também sobre as nuvens que pairam sobre as nossas cabeças virtuais... one love!!!
Post a Comment