Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Mas isso era no tempo dos segredos,
Não temos já nada para dar.
Adeus.
Eugénio de Andrade
Etiquetas: Escritores, Eugénio de Andrade, poemas
Não posso adiar para outro século a minha vida/Nem o meu amor/Nem o meu grito de libertação/Não posso adiar o coração António Ramos Rosa
Há aqueles que não podem imaginar um mundo sem pássaros; há aqueles que não podem imaginar um mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros.Perdoa-me, devolve-me a paz que tinha quando estava no teu regaço, no seio da minha mãe. Deixa-me. Encontra-me. Não posso continuar assim. Ouve-me hoje. Ajuda-me amanhã. Não sei se acredito. Não te minto. Mas hoje ouve o meu coração e junta-o ao teu. Patrícia Reis
e aqui moramos nós/sem história/sem família/sem passado/nesta paz que não existe/neste amor que nunca foi/mas que é para sempre. João Negreiros
Porque não sei como dizer-te sem milagres/que dentro de mim é o sol, o fruto,a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,o amor,que te procuram. Herberto Helder
Tengo las manos de ayer, me faltan las de mañana. Eduardo Chillida
Uma gaiola foi procurar um pássaro. Franz Kafka
Quanto mais se é feliz menos se presta atenção à felicidade. Alberto Moravia
Outside of a dog a book is men's best friend, inside of a dog it's too dark to read. Grocho Marx
Nous écrivons pour goûter la vie à deux reprises, dans le moment et en rétrospective. Anais Nin
A filosofia não é um meio de descobrir a verdade. Mas é, como a arte, um processo de a «criar» . Vergilio Ferreira
17 Comments:
lindo e triste e real
Que dirá o teu amigo?
Um beijo.
Este poema mostra como o fim pode originar uma coisa muito bela.
Leigo
Marta
Esse é o meu poema do coração, que sabia de cor na minha adolescência. E sabe que hoje, antes de vir aqui, também pus um poema de E. Andrade no meu blogue?
Há coisas assim!
Bjs
Impressionantes sempre os poemas de Eugénio!
Tantas vezes já disse este, tantas vezes o li, mas nunca me canso.
E lembro-me dele nos seus dia pelo Porto, nos seus dias pelo trabalho, quase sempre solitário, porque humano, inteiro, reflectido, mas ao mesmo tempo de uma ternura imensa, de uma lealdade ímpar.
Deixo um beijo pra ti, minha conterrânea. :)
já o ouvi vezes sem conta...declamado pela Mirró, pelo Antero, pelo Luís...
csd
Como uma verdade divina, estas palavras não se gastam no tempo porque não se gasta a sua verdade. E mesmo que se procure, alguma vez, dizê-lo de outra forma, chegaremos sempre à mesma conclusão: infelizmente, as palavras gastam-se!!!
Julgo que foi Aristóteles na Poética que observou o facto de um cadáver provocar repulsa mas um cadáver pintado ou esculpido poder ser considerado belo.
Há belas fotografias de pessoas e paisagens feias. Há poemas belos sobre acontecimentos tristes e "feios".
Não é fácil explicar como é isso possível.
Foi com este poema que conheci Eugénio.
E trazia-o escrito num pequeno papel na minha carteira de adolescente.
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Beijos, linda Marta.
Xana
Belíssimo poema!
recuso-me a acreditar que as palavras se gastem....
Os poemas às vezes recordam-nos "coisas", momentos, situações, pessoas. Às vezes bons momentos, outras vezes nem por isso.
O Eugénio para mim sempre foi o poeta dos álamos, das pedras azuis, da cor dos sorrisos e de outras tantas imagens que, depois dele as descrever, ficamos sempre a pensar... como é que ninguém se tinha ainda lembrado de descrever as coisas assim?
Eu sei que nesta vida, tudo tem um principio, um meio... e um fim. E creio que o Eugénio, melhor que ninguém, consegue falar destes três tempos com a mesma beleza, a mesma paixão.
Beijos.
Rolando
O amor às vezes não precisa de palavras, mas quando as elas se gastam é um sinal que o amor acabou.
Amiga Marta,
já temos o blog do Mimos de Natal, toda a ajuda na divulgação do nosso projecto é bem-vinda.E desde já agradecemos a divulgação que possas dar no teu blog e no envio do projecto a todos os teus amigos.
obrigada.
beijinhos
Sonja Valentina: é evidente que as palavras se gastam. Já ninguém diz "mocidade" e (tirando o Paulo Portas) "lavoura". Eram palavras gastas. Foram substituídas por "juventude" e "agricultura". Também já ninguém diz "repartição". Agora diz-se "Loja" ou "Balcão", talvez porque a cidadania desceu ao nível da mercearia.
Também já ninguém diz Fontinhas rato.
Vou fazer isso. Obrigada. Disseram-me que ele ia estar presente em todos os encontros. O José vai estar nas Quintas de Leitura à mesma hora, pelo que não deve ir. Ainda bem que gostaste daquele depósito de frases idiotas. Melhor só haver Vida em Marta !
este poemo do eugénio é de génio!
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