já está nas salas de cinema. eu ainda não tive tempo para o ver. dizem-me que a crítica o arrasa. mas eu também ainda não li nada sobre o filme. só li o livro. há quase um ano. estou mortinha por me sentar em frente ao grande ecrã. lá isso estou. mas tem faltado tempo...alguém já o viu?
quinta-feira, outubro 29
Aqui na Terra, país fora
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Etiquetas: jornalistas, livros da minha vida, Miguel Carvalho
quarta-feira, outubro 28
una nueva vida

Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Javier Cercas, jornais
terça-feira, outubro 27
folhas de outono
o teu sorriso, até mesmo as tuas mãos cor de Outono.
Era um bolo sem nome, enquanto não lhe demos o teu.
Uma lata pequenina vermelha que tu abrias com a ajuda de uma colher de café.
No dia seguinte, na escola, fiz uma redacção sobre folhas que caem e folhas que ficam para sempre nas árvores. Escrevi sobre frutos que chegam com o Outono, sobre dias pequenos que, afinal, ficam imensos. Escrevi sobre folhas que ficam dentro das folhas dos livros.
Como essa tarde de Outono ficou dentro de mim.
Escrito/editado por Marta 12 Terráqueos
Etiquetas: blogs que leio, Desafios blogosféricos, fotografia
segunda-feira, outubro 26
sabotada por um alternador
Escrito/editado por Marta 10 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas
sábado, outubro 24
Alexandra
Que Alexandre, o Grande é grande
Todos sabemos de cor
Mas nunca como Alexandra
Porque Alexandra é a maior!
Olhem bem o nome: rima
Com força locomotriz
Pode subir serra acima
Pode voar a Paris.
No entanto é nena pequena
Tamanho de um berço exato
Coube dentro da Madeleine
Cabe na mão do Renato.
Alexandra Archer: em francês
É Arqueira – fora ou não fora
Mas em língua brasileira
É Alexandra, a Caçadora!
Vai, caçadorinha, caça!
A vida com as tuas setas
E caça o tempo que passa
No olhar triste dos poetas.
Porque, anjo, um já flechaste
De fato há muitos indícios...
– Broto de rosa ainda em haste
Nem tem dúvidas! – caçaste
O coração do
Vinicius
Vinicius de Moraes
[a nossa querida Alexandra já nasceu. mãe e filha estão bem. o pai, superou-se :)
Escrito/editado por Marta 11 Terráqueos
Etiquetas: Alexandra
sexta-feira, outubro 23
João Cutileiro em Bragança
"A Galeria Vera Cruz convida V.ª Ex.ª para a inauguração da exposição João Cutileiro – Escultura, Desenho e Fotografia, a realizar no próximo dia 24 de Outubro, pelas 17h00, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança."
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Etiquetas: esculturas, eventos, João Cutileiro
lista de pensamentos
- estou mortinha por ler a entrevista do Lobo Antunes, hoje, no ípsilon
- gostava de estar, hoje, na abertura do festival de banda desenhada da Amadora
- grande alarido à volta de "Caim"! já o li e não gostei. este ano, gostei muito mais do Prémio Saramago - As 3 vidas, de João Tordo - do que do Prémio Nobel
- hoje à noite vou ficar a tomar conta de 4 dos meus 6 sobrinhos. será uma brincadeira pegada, porque os pais não estarão lá para ver... ;)
- cinco mulheres na equipa do novo Governo, continuam a ser notícia. pois então, isto vai devagar, mas vai. valha-me a antropologia do género.
- será mesmo verdade que adivinhei que o Prof. Funes anda a ler Tolkien?!
- toda a gente sabe que uma imagem vale mais do que mil palavras e as fabulosas fotografias do João Menéres deixam-me sem elas. tantas vezes.
- tomara que no tasquinho onde vou almoçar me digam: pataniscas de bacalhau com arroz de feijão vermelho
- os meus amigos são os melhores do mundo[este é recorrente]
- este ano não fui ao doclisboa. termina domingo.
- às vezes um blog parece-me um lugar muito estranho. outras, não.
- amanhã sai a revista Nós..., do i. mais uma para a minha colecção.
- ainda não comi castanhas assadas.... este Outono.
- faz um ano que estava em Itália. ai, ai... e no dia 12 de Outubro do ano passado, Lobo Antunes era capa da Pública. Aterrei com as suas palavras em Roma. comovida.
- o Guimarães Jazz está quase a chegar
Escrito/editado por Marta 21 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas
quinta-feira, outubro 22
4 perguntas
2) Há um mar vago. Onde o põe?
3) Se encontrar um sonho perdido o que é que lhe faz?
4) Ir por aqui ou por ali. Qual a escolha?
Escrito/editado por Marta 10 Terráqueos
Etiquetas: Alexandra, Desafios blogosféricos
A [minha] história devida
Escrito/editado por Marta 18 Terráqueos
Etiquetas: A História Devida, Antena 1
quarta-feira, outubro 21
magníficos
magníficos. digo eu. rendida a esta dupla fabulosa.
[o meu coração, às vezes, bate assim...] vem aí dias tranquilos. mas com muito bom ritmo...
eu aguento-me. eu aguento-me [quase] sempre.
já faltou mais. agora, meus queridos, ouçam :)
...e deixem-se encantar. com o Outono também. com a vida, sempre.
Escrito/editado por Marta 7 Terráqueos
Etiquetas: descobertas, Músicas que ouço
segunda-feira, outubro 19
desculpem, sim? eu volto já.

Escrito/editado por Marta 13 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas, Ourense, tempo, trabalho
quarta-feira, outubro 14
Festivalar por aí - Amadora BD
É um festival! Uma alegria de lés a lés. De Norte a Sul, durante todo o ano, Portugal soma festivais. Ele é o festival do chocolate, da melancia, do chícharo, do esóterico e do caracol. Da sardinha, da castanha, do jazz, da banda desenhada, do teatro, do erótico e da dança. Da francesinha, das papas de sarrabulho, do fado, da canção redentorista, de robótica, do queijo, pão e vinho, da ópera, do islamismo, de gigantes, de tunas, dos descobrimentos e dos jardins. Da cerveja e das marcas patrocinadoras, que sem apoios não se faz nada. Ou faz-se pouco e sem visibilidade nenhuma.
Um festival é quando um Homem quer! É assim há muitos anos. E não me refiro aos 45 que já leva o famigerado Festival da Canção. Esse festival que silenciou famílias, em tempos idos, à volta da televisão. Para ouvir a Europa cantar. Agora, em cada vez mais idiomas. E com cada vez menos união. Familiar. Porque a oferta lúdica é maior. Creio.
De qualquer forma, em causa estão os festivais que tiram as pessoas de casa. E em Portugal são incontáveis. E de todos os géneros.
Pelo mundo fora, os festivais celebram-se evidenciando um aspecto único de uma comunidade. Na sua origem, estão práticas antigas. Refiro-me, por exemplo, aos que Roma celebrou em honra de deuses e vitórias; os que brindam a lua, a abundância e a união, na Ásia; ou os que celebram a chegada da Primavera. É o Festival das Cores. Ou Holi. Acontece na Índia, Guyana e Nepal. Já o judaísmo, tem um Festival das Luzes, ou Chanucá. Começa depois do pôr-do-sol do 24º dia do mês judaico de Kislev. Só para exemplificar que os festivais, não são de agora. Nem são todos filhos dos festivais da canção!
Nem pouco mais ou menos.
Falo dos festivais pautados pelos solstícios, ditados pelo calendário litúrgico de cada religião. Os festivais de todos os calendários, onde o sagrado e o profano justificam, no seu cruzamento, a festa que há por detrás de cada festival.
A palavra festa nasceu primeiro. Dizem os estudiosos. Latina, na sua origem, começou a usar-se como substantivo, depois como verbo. E da festa deriva o festival, com significados bastante próximos. Porque onde há festival, há festa, alegria, salsifré, celebração, elogio. E Portugal tem espírito festivaleiro. Novos e velhos não resistem a sair à rua para comemorar!
Sair à rua – festivalar por aí - seja para dançar, ir ao teatro, ouvir música ou simplesmente admirar jardins. Seja porque a cerveja abunda e refresca; seja porque vem aí a banda do coração. O importante é ter um motivo para festejar. E motivos não faltam. A imaginação é prodigiosa. E até o silêncio, a palavra e o riso, são mote de festival.
Os festivais, são como os cogumelos! Imensos.Todos os anos nascem mais. E há os de sempre. Como os amigos. Tão familiares que todos sabemos a sua sigla ou o seu petit-nom de cor. [...]
Escrito/editado por Marta 11 Terráqueos
Etiquetas: Amadora BD, festivais, jornais, Revistas
terça-feira, outubro 13
a fé e a dúvida
Foi assim que vi revista e aumentada, a minha lista de axiomas adolescentes.
Então, a fé e a dúvida, pensei, coexistirão infinitamente.
Numa idade especialmente fértil em dúvidas, temi tornar-me monja, asceta, sei lá.
Isto caso as dúvidas fossem proporcionais à fé, claro.
Desligada do filme que, para mim, tinha terminado ali, naquela frase, emaranhava-me nos meus pensamentos pueris e lineares, condicionada, evidentemente, pela minha educação católica. E por outras vertentes do meu processo de socialização em curso.
A dúvida é condição de fé. E ia moendo aquilo à minha maneira.
E pensei nas cruzadas e nas missões. Nos auto manos e nos bizantinos, no Concílio de Clermont e nas barbas grisalhas do professor de história que nos estava a ensinar aquilo tudo. E nada daquilo me fez sentido (e pensei mesmo em ir tirar satisfações com o professor) pois não concebia encontrar alguém que não tivesse dúvidas. Nem cristãos nem muçulmanos. Nem ateus nem agnósticos. Ninguém. Todos com dúvidas. Alguns com fé.
Logo, se as dúvidas eram certas, mais cedo ou mais tarde todos achariam a tal fé.
Era só uma questão de paciência, de esperar pelo tempo certo...
Pensava assim, retida naquele axioma novo, acabado de adoptar.
E, mais tarde, perguntei à minha mãe se tinha dúvidas. E ela perguntou-me sobre quê. Sobre alguma coisa. E ela disse logo que não. Sem vacilar.
Fiquei de rastos, porque achei que ela deveria ter imensas dúvidas. Íamos todos à Eucaristia dominical e, naquele tempo, para mim, ir à missa era ter fé. E, agora, pela frase do filme, sinónimo de ter dúvidas.
E, no domingo seguinte, dentro da igreja, pus-me a pensar em quais seriam as dúvidas de toda aquela gente. Olhava-os, tentando descortinar as dúvidas que teriam. E se teriam tanta fé como dúvidas. Ou se teriam mais dúvidas do que fé. E se não tivessem dúvidas nenhumas, também não precisavam da fé para nada. Mas não devia ser bem assim, porque a minha mãe disse que não tinha dúvidas e estava lá. E a fé era ainda algo que eu não sabia definir. Eu entendia o que era ter dúvidas porque as tinha. E achava que quando rezava tinha fé. E, afinal, pareceu-me evidente que tinha fé porque tinha dúvidas. E que talvez rezasse para as deixar de ter.
De resto não achava mais nada. Nunca tinha experimentado as consequências de ter ou não ter fé. Mas já tinha levado com as consequências de ter ou não ter dúvidas. A Eucaristia tinha chegado ao fim e, foi por esta altura que dei comigo a pensar numa tribo imaginária onde ninguém tivesse dúvidas de nenhuma espécie.
E não fosse à missa nem a nenhuma outra celebração.
Não duvidar de nada, nem de ninguém. Não acreditar em nada nem em ninguém. Viver.
Aquilo agradou-me especialmente e, não fosse a igreja estar repleta de gente muito mais velha teria defendido, para mim, que as dúvidas tenderiam a desaparecer com o passar dos anos. Mas não. Era evidente que não.
À noite, no diário de bordo da minha adolescência, registei uma historieta intitulada «existir sem dúvidas», longe de imaginar o quanto esse relato me faria sorrir de mim e das minhas estapafúrdias deambulações.
Uns anos mais à frente, ainda no liceu, cruzei-me com os primeiros filósofos e, já na universidade, com Mercia Eliade, Santo Agostinho, entre outros.
Kierkegaard foi o mais cirúrgico a mexer, novamente, no assunto da fé e da dúvida. Obrigando-me a uma nova revisão dos meus postulados adolescentes, quase adultos. Ainda adolescente, li com certa angústia, O Desespero Humano e nunca mais optei por nada nem por ninguém, sem uma certa inquietação. Às vezes nem me mexia. Só para não optar. Não dava resultado.
Depois, Nietzsche também deu cabo de umas tantas auto-evidências da minha existência. Uns de uma forma, outros de outra, foram diversos os autores que pulverizaram o meu modus vivendi. Tal como acontece hoje. Nunca mais as certezas foram as mesmas. Tirando uma ou outra. Evidentemente. E as dúvidas somavam-se – somam-se – numa equação interminável.
- Mas responde-me, deixa-te dessas considerações, responde-me
dizia-me ela impaciente.
- Tens fé, Isabel?
- Às vezes caio. Deixo-me cair. E, lá em baixo, não há nada. Nada visível que me ampare a queda.
Escrito/editado por Marta 12 Terráqueos
Etiquetas: antes [re] postar que ripostar
Para o Ricardo
Escrito/editado por Marta 5 Terráqueos
Etiquetas: Alexandre O´Neill, amigos, aniversários, Escritores, Poemas que sinto
é triste...
eu gostava dela. assim como quem simpatiza com uma figura pública. é!
Escrito/editado por Marta 19 Terráqueos
Etiquetas: Brasil, Maitê Proença, Portugal
sexta-feira, outubro 9
II edição da comunidade de leitores Almedina
Miguel Real é o pseudónimo do professor e escritor Luís Martins. Nascido em Lisboa, em 1953, tornou-se sintrense por adopção. É licenciado em Filosofia e Mestre em Estudos Portugueses com uma tese sobre Eduardo Lourenço. A sua extensa obra abrange o ensaio, o romance e o teatro – este último em colaboração com Filomena Oliveira – e já foi galardoada com diversos prémios:
1979 – Prémio Revelação de Ficção da APE/IPLB com O Outro e o Mesmo;
1995 – Prémio Revelação de Ensaio Literário da APE, para Portugal – Ser e Representação;
2000 – Prémio LER/Círculo de Leitores para A Visão de Túndalo por Eça de Queirós;
2005 – Prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol para A Voz da Terra.
Uma bolsa do programa “Criar Lusofonia” do Centro Nacional de Cultura, permitiu-lhe seguir, em 2001, o itinerário do Padre António Vieira pelo Brasil, do qual resultou um diário e material para o romance O Sal da Terra, cuja publicação, em simultâneo com o ensaio O Padre António Vieira e a Cultura Portuguesa, coincidiu com a comemoração dos 500 anos do nascimento do jesuíta luso-brasileiro, em 2008.
Para além de escritor, especialista em cultura portuguesa e crítico literário, Miguel Real é professor de Filosofia na Escola Secundária de Mem Martins e membro, desde sempre, da equipa da biblioteca.
Tem publicadas várias obras, entre as quais “A Morte de Portugal” (Campo das Letras), “O Último Negreiro” (Quidnovi) e “A Ministra” (Quidnovi).
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: Comunidade de Leitores, eventos, Miguel Carvalho, Miguel Real
quinta-feira, outubro 8
Coração independente
Escrito/editado por Marta 13 Terráqueos
Etiquetas: Amália Rodrigues, esculturas, Joana Vasconcelos, poemas
Estranha forma de vida
...da enorme Amália...
...e a ver se arranjo um atalho para ir à capital... em lazer.
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
Etiquetas: Amália Rodrigues, eventos, fado, Músicas que ouço
Mudam-se os tempos
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Escrito/editado por Marta 4 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Luís Vaz de Camões, Poemas que sinto
esta espera que é para já
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, João Negreiros, poemas
sexta-feira, outubro 2
É ter cá dentro um astro que flameja
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Escrito/editado por Marta 19 Terráqueos
Etiquetas: Escritores, Florbela Espanca, Poemas que sinto
Perdidamente
[eu vou, num instante, dar um salto a 1988 e venho já. meia-hora. não mais. muito alto]
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
Etiquetas: Músicas que ouço, Trovante