quinta-feira, outubro 8
Coração independente
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda minha a saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração:
vive de forma perdida;
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais:
para, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
Amália Rodrigues/Alfredo Duarte
imagem: coração independente, Joana Vasconcelos
Escrito/editado por Marta 13 Terráqueos
Etiquetas: Amália Rodrigues, esculturas, Joana Vasconcelos, poemas
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