Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
(...)
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
(...)
Só é tua a loucura
Poema: Miguel Torga
Etiquetas: poemas
Não posso adiar para outro século a minha vida/Nem o meu amor/Nem o meu grito de libertação/Não posso adiar o coração António Ramos Rosa
Há aqueles que não podem imaginar um mundo sem pássaros; há aqueles que não podem imaginar um mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros.Perdoa-me, devolve-me a paz que tinha quando estava no teu regaço, no seio da minha mãe. Deixa-me. Encontra-me. Não posso continuar assim. Ouve-me hoje. Ajuda-me amanhã. Não sei se acredito. Não te minto. Mas hoje ouve o meu coração e junta-o ao teu. Patrícia Reis
e aqui moramos nós/sem história/sem família/sem passado/nesta paz que não existe/neste amor que nunca foi/mas que é para sempre. João Negreiros
Porque não sei como dizer-te sem milagres/que dentro de mim é o sol, o fruto,a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,o amor,que te procuram. Herberto Helder
Tengo las manos de ayer, me faltan las de mañana. Eduardo Chillida
Uma gaiola foi procurar um pássaro. Franz Kafka
Quanto mais se é feliz menos se presta atenção à felicidade. Alberto Moravia
Outside of a dog a book is men's best friend, inside of a dog it's too dark to read. Grocho Marx
Nous écrivons pour goûter la vie à deux reprises, dans le moment et en rétrospective. Anais Nin
A filosofia não é um meio de descobrir a verdade. Mas é, como a arte, um processo de a «criar» . Vergilio Ferreira
9 Comments:
Martinha,
que bom vir aqui e encontrar o meu poema favorito do Torga! Lindo, lindo, lindo!
Beijinhos
P.S.: Também eu, apesar das opiniões que ouvi, gostei do Benjamin Button. E começamos a coleccionar afinidades! :)
Xana (a que tu pensas que é quem é;)
Bem... em 'actos beligerantes' com o Prof. Funes... não me meto; mas que a verdade do poema de Torga é inquestionável, não tenho dúvidas. Eu visto as suas palavras!
;-)
csd
Ora, Pas[ç]sos, não sei por que não se mete. Se toda a gente fosse como eu, não haveria tanta paz no mundo.
O poema de Torga transcrito ilustra na perfeição o que de mais miserável há em Torga, é aquilo que um texto literário nunca, mas NUNCA, deve ser moralista.
Um texto literário é o pior local do mundo para dar conselhos ou pregar moral. Não há nada que arruíne mais uma pretensão literária do que uma história com vocação moral.
É por isso que Torga - juntamente com as fábulas de La Fontaine - jaz muito justamente no último círculo do fúnico inferno da Literatura.
Note-se bem, o Padre António Vieira, com Eça, o melhor prosador de língua portuguesa, tomava muitas vezes como tema dos seus sermões a moral. Mas os sermões em si mesmos não eram moralistas. Ele dava conselhos e pregava moral, porque era essa a função e o objecto do seu sermão. Os seus textos morais resultavam em textos literários, não tinham, como os de Torga, uma pretensão de literatura armada em moral.
No antepenúltimo comentário, onde se lê:
O poema de Torga transcrito ilustra na perfeição o que de mais miserável há em Torga, é aquilo que um texto literário nunca, mas NUNCA, deve ser moralista.
deve ler-se:
O poema de Torga transcrito ilustra na perfeição o que de mais miserável há em Torga, é aquilo que um texto literário nunca, mas NUNCA, deve ser: moralista.
Xaninha linda,
que bom ver-te novamente aqui :)
temos de conversar, temos de conversar, sobre as nossas afinidades e não só :)
Sr. Prof. Funes,
da próxima, dedico-lhe um, de onde não extraia moralismo algum.
mas com a sua imaginação e o seu mau feitio é bem capaz, bem capaz...
o que me vale a mim, é que não moralizo os meus sentimentos por si.ardia no inferno, talvez.
Pas[ç]sos,
muito obrigada pela sua visita, mais uma vez.
Xaninha linda,
que bom ver-te novamente aqui :)
temos de conversar, temos de conversar, sobre as nossas afinidades e não só :)
Sr. Prof. Funes,
da próxima, dedico-lhe um, de onde não extraia moralismo algum.
mas com a sua imaginação e o seu mau feitio é bem capaz, bem capaz...
o que me vale a mim, é que não moralizo os meus sentimentos por si.ardia no inferno, talvez.
Pas[ç]sos,
muito obrigada pela sua visita, mais uma vez.
gosto tante deste poema do Torga, faz-me sempre recomeçar! e é de facto é verdade, não nos contentemos com metades.
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