domingo, setembro 4
nem sempre a lápis
Quando escrevo, parece que os textos, notas, entradas, são as pranchas do andaime com que levanto o edifício assente nos pilares dos meses. Encostam-se uns aos outros, apoiam-se indiferentes à condição provisória, a partir da primeira linha; a construção civil nunca foi o meu forte, admito que a licença de habitabilidade reprove. Termino o mês, consolidado o pilar, retiro os andaimes; é rara a vez que não venham bocados de argamassa, fragilidades da escrita.
Jorge Fallorca in nem sempre a lápis, pag. 7, tea for one, 2011
Etiquetas: Jorge Fallorca
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2 Comments:
Um por página; obrigado, Marta
...se aqui há lugar a um agradecimento só pode ser meu: obrigada Jorge Fallorca.
está autografado e, desta vez, não foi a lápis ;)
muito muito muito. obrigada.
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