imagem: Cristiano Abreu
quinta-feira, setembro 29
De Bragança a Lisboa...
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Lembram-se daquela música dos Xutos - de Bragança a Lisboa são nove horas de distância ? Pois é! Ando assim por estes dias! Já não são nove horas, mas ainda demora bastante...e com o IP4 em obras, nem imaginam: desvio aqui, desvio ali e nunca mais...É por isso que, cansada do carro, esta semana, será Bragança - Porto e, depois, no sábado, Porto- Lisboa no "meu" alfa-pendular. Sim, bem sei que terá de ser o das 6.45 da manhã. Mas é por uma boa causa! Entretanto, em Bragança, almoçar n` OManel tem sido o meu prémio de consolação :) Mas se tiverem outras sugestões... façam o favor...
obrigada Sininho!
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente
[o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais,
[se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Fernando Pessoa
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente
[o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais,
[se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Fernando Pessoa
o meu melhor retrato
obrigada Sininho!
Desenho oferecido pela Zaclis
Desenho oferecido pela Leila
Eu não me levo muito a sério
CITAÇÕES - hoje umas, amanhã outras
É esta a minha herança: o sorriso azul de uma pedra branca. Eugénio de Andrade
«Mil anos que escrevas»,disse,«não saberás a quem» Maria Grabriela Llansol
Todos os dias faz anos que foram inventadas as palavras. É preciso festejar todos os dias o centenário das palavras. Almada Negreiros
Dizem que o nosso coração é do tamanho do nosso punho fechado: se o abrisse tanta coisa fugia. António Lobo Antunes
Escreve numa sala grande e quase
Vazia/Não precisa de livro nem de arquivos
A sua arte é filha da memória/Diz o que viu
E o sol do que olhou para sempre o aclara Sophia de Mello Breyner Andresen
Jorge Luís Borges
Eu não quero ter poder, mas apenas liberdade de falar aos do poder do que entenda ser verdade. Agostinho da Silva
Pois existe em cada livro um desafio contra o esquecimento, uma aposta contra o silêncio que só pode ser ganha quando o livro for de novo aberto (mas, em contraste com o homem, o livro pode esperar séculos pela sorte da ressureição). George Steiner
Ayer te besé en los labios.
Te besé en los labios. Densos,
rojos. Fue un beso tan corto,
que duró más que un relámpago,
que un milagro, más. El tiempo
después de dártelo
no lo quise para nada ya,
para nada
lo había querido antes.
Se empezó, se acabó en él. Pedro Salinas
Ao contrário do que geralmente se crê, por muito que se tente convencer-nos do contrário, as verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global. José Saramago
Gosto do arrepio da tua língua na minha nuca, gosto que me digas quero mais quando creio já te ter dado tudo. Inês Pedrosa
Nunca confie na mulher que diz a verdadeira idade, pois se ela diz isso... Ela é capaz de dizer qualquer coisa. Oscar Wilde
Tudo que faço ou medito/Fica sempre na metade./Querendo, quero o infinito./Fazendo, nada é verdade. Fernando Pessoa
Amo-te sobretudo quando as gentes e os hábitos que constroem o teu quotidiano resistem a ser moldadas por burocratas e pantomineiros, cheios de certezas sobre a cidade que não amam, não desejam e que não conhecem na sua geografia sentimental. Miguel Carvalho [sobre o Porto]
If you want a quality, act as if you already had it. William James
no ruído do meu silêncio não me perco, traço pontos entre linhas imaginárias, os pontos reais , os pensamentos incorpóreos, e entre um ponto e outro anoto as variantes de silêncio que percebo:
o silêncio do vento parado, o silêncio do ar respirado, o silêncio do meu coração, o silêncio da minha alma Pedro Faria Lopes
Porque ajuntou logo a natureza nos mesmos olhos dois efeitos tão contrários, ver e chorar? A razão e a experiência é esta. Ajuntou a Natureza a vista e as lágrimas, porque as lágrimas são consequência da vista; ajuntou a Providência o chorar com o ver, porque o ver é a causa do chorar. Sabeis porque choram os olhos? Porque vêem. Padre António Vieira
Diego no conocía la mar. El padre, Santiago Kovadloff*, lo llevó a descubrirla.
Viajaron al sur.
Ella, la mar, estaba más allá de los altos médanos, esperando.
Cuando el niño y su padre alcanzaron por fim aquellas cumbres de arena, después de mutcho caminar, la mar estalló ante sus ojos. Y fue tanta la inmensidad de la mar, y tanto su folgor, que el niño quedó mudo de hermosura.
Y cuando por fin consiguió hablar, temblando, tartamudeando, pidió a su padre:
- Ayudame a mirar!
Eduardo Galeano
«Mil anos que escrevas»,disse,«não saberás a quem» Maria Grabriela Llansol
Todos os dias faz anos que foram inventadas as palavras. É preciso festejar todos os dias o centenário das palavras. Almada Negreiros
Dizem que o nosso coração é do tamanho do nosso punho fechado: se o abrisse tanta coisa fugia. António Lobo Antunes
Escreve numa sala grande e quase
Vazia/Não precisa de livro nem de arquivos
A sua arte é filha da memória/Diz o que viu
E o sol do que olhou para sempre o aclara Sophia de Mello Breyner Andresen
Não posso adiar para outro século a minha vida/Nem o meu amor/Nem o meu grito de libertação/Não posso adiar o coração António Ramos Rosa
Há aqueles que não podem imaginar um mundo sem pássaros; há aqueles que não podem imaginar um mundo sem água; ao que me refere, sou incapaz de imaginar um mundo sem livros.Jorge Luís Borges
Eu não quero ter poder, mas apenas liberdade de falar aos do poder do que entenda ser verdade. Agostinho da Silva
Pois existe em cada livro um desafio contra o esquecimento, uma aposta contra o silêncio que só pode ser ganha quando o livro for de novo aberto (mas, em contraste com o homem, o livro pode esperar séculos pela sorte da ressureição). George Steiner
Ayer te besé en los labios.
Te besé en los labios. Densos,
rojos. Fue un beso tan corto,
que duró más que un relámpago,
que un milagro, más. El tiempo
después de dártelo
no lo quise para nada ya,
para nada
lo había querido antes.
Se empezó, se acabó en él. Pedro Salinas
Ao contrário do que geralmente se crê, por muito que se tente convencer-nos do contrário, as verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global. José Saramago
Gosto do arrepio da tua língua na minha nuca, gosto que me digas quero mais quando creio já te ter dado tudo. Inês Pedrosa
Nunca confie na mulher que diz a verdadeira idade, pois se ela diz isso... Ela é capaz de dizer qualquer coisa. Oscar Wilde
Tudo que faço ou medito/Fica sempre na metade./Querendo, quero o infinito./Fazendo, nada é verdade. Fernando Pessoa
Amo-te sobretudo quando as gentes e os hábitos que constroem o teu quotidiano resistem a ser moldadas por burocratas e pantomineiros, cheios de certezas sobre a cidade que não amam, não desejam e que não conhecem na sua geografia sentimental. Miguel Carvalho [sobre o Porto]
If you want a quality, act as if you already had it. William James
Perdoa-me, devolve-me a paz que tinha quando estava no teu regaço, no seio da minha mãe. Deixa-me. Encontra-me. Não posso continuar assim. Ouve-me hoje. Ajuda-me amanhã. Não sei se acredito. Não te minto. Mas hoje ouve o meu coração e junta-o ao teu. Patrícia Reis
e aqui moramos nós/sem história/sem família/sem passado/nesta paz que não existe/neste amor que nunca foi/mas que é para sempre. João Negreiros
Porque não sei como dizer-te sem milagres/que dentro de mim é o sol, o fruto,a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,o amor,que te procuram. Herberto Helder
Tengo las manos de ayer, me faltan las de mañana. Eduardo Chillida
Uma gaiola foi procurar um pássaro. Franz Kafka
Quanto mais se é feliz menos se presta atenção à felicidade. Alberto Moravia
Outside of a dog a book is men's best friend, inside of a dog it's too dark to read. Grocho Marx
Nous écrivons pour goûter la vie à deux reprises, dans le moment et en rétrospective. Anais Nin
A filosofia não é um meio de descobrir a verdade. Mas é, como a arte, um processo de a «criar» . Vergilio Ferreira
no ruído do meu silêncio não me perco, traço pontos entre linhas imaginárias, os pontos reais , os pensamentos incorpóreos, e entre um ponto e outro anoto as variantes de silêncio que percebo:
o silêncio do vento parado, o silêncio do ar respirado, o silêncio do meu coração, o silêncio da minha alma Pedro Faria Lopes
Porque ajuntou logo a natureza nos mesmos olhos dois efeitos tão contrários, ver e chorar? A razão e a experiência é esta. Ajuntou a Natureza a vista e as lágrimas, porque as lágrimas são consequência da vista; ajuntou a Providência o chorar com o ver, porque o ver é a causa do chorar. Sabeis porque choram os olhos? Porque vêem. Padre António Vieira
Diego no conocía la mar. El padre, Santiago Kovadloff*, lo llevó a descubrirla.
Viajaron al sur.
Ella, la mar, estaba más allá de los altos médanos, esperando.
Cuando el niño y su padre alcanzaron por fim aquellas cumbres de arena, después de mutcho caminar, la mar estalló ante sus ojos. Y fue tanta la inmensidad de la mar, y tanto su folgor, que el niño quedó mudo de hermosura.
Y cuando por fin consiguió hablar, temblando, tartamudeando, pidió a su padre:
- Ayudame a mirar!
Eduardo Galeano
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As imagens usadas neste blog são, na sua maioria, pesquisadas na internet. Sempre que não haja referência ao autor de uma imagem é porque não me foi possível identificá-lo e, por isso, peço desculpa. Caso identifique o autor de alguma imagem que se encontre naquela condição e quiser ajudar, agradeço o favor de entrar em contacto comigo. Muito obrigada.
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8 Comments:
Económico: "Emiclau" (na rua que vai dos correios à Praça da Sé); mais requintado: "O Rochedo"; com comida tradicional: vários em Gimonde... foi o que me ocorreu!
Viajar no IP4 é, sem dúvida, uma aventura. :)
http://youtu.be/e29mtSMc81o
;)
Que vontade de viajar contigo...
Em Gismonde no "Júlio" e em Varge no "Careto"... absolutamente imperdíveis.
Ahhh... e uns quilómetros abaixo, na "Lareira" no Mogadouro.
mfc, desculpe a ousadia, mas não posso deixar de fazer duas correções no seu comentário: a aldeia a que faz referência é "Gimonde"; antes do topónimo Mogadouro, usa-se apenas a preposição "em", nunca a contração da preposição e do artigo, que é um erro comum. :)
Marta, peço também desculpa pela intromissão.
Corrija-me sempre que necessário.
Um beijo.
obrigada pelas sugestões! anotei :)
Marta,
Deixou saudades neste grupo que gostava de a ver mais vezes por aqui. Foi espectacular a sua formação.
Um forte abraço de todos nós
VDC
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