quinta-feira, abril 19

E voluntariado, faz?


Chama-se Patrícia Reis, é escritora e editora de uma revista ímpar: a Egoísta. Por Este Mundo Acima (Dom Quixote) é o título do seu mais recente livro, «onde nos é descrito um cenário de terrível desastre que assola a cidade de Lisboa, sendo que, entre os sobreviventes, há um velho editor que procura amigos e amores desaparecidos. Acaba por encontrar um manuscrito e um rapaz e, neles, a porta para uma outra dimensão da vida. Sem dúvida um livro que consagra a amizade como forma de amor e que descreve e realça a importância redentora dos livros».
A resposta aqui

imagem: Daniel Mordzinski

terça-feira, março 8

A felicidade é chegar a casa.

A felicidade é chegar a casa. Do ponto minúsculo do céu, debruçada sobre a janela, vejo as paisagens estranhas e geométricas do meu país. Tento adivinhar se ainda é Ribatejo, de que lado aterraremos, que luz terá Lisboa. Sou alfacinha, nasci na Avenida da República, uma das artérias principais da cidade. Fui educada de acordo com a ideia de que a nossa galinha é boa e gorda, apetitosa e surpreendente, contrariando a ideia de que a da nossa vizinha é que nos enche de possibilidades e alegrias. Portugal é um país de sonhos, de poetas e escritores, de aventureiros e viajantes. Aprendi estas coisas muito cedo, mão dada com o meu tio-avô, que me obrigava a ver de outra forma, exercitar a imaginação, pensar mais além. Uma vez, na raia, ali a espreitar a vizinha Espanha aprendi que temos as fronteiras mais antigas da Europa, datam do século XIII. Não somos um povo que se possa confundir com qualquer outro. Não o escrevo por arrogância ou falta de modéstia, antes por ser exactamente assim. Se fossemos passíveis de ser engolidos por outra cultura teríamos um percurso distinto, seríamos espanhóis, por exemplo. Nós, portugueses, somos do mundo e o mundo inteiro cabe na nossa geografia. Conheço o país de lés a lés e sei distinguir algumas tradições, sotaques, devoções. Sim, porque somos devotos de algo que existirá um dia, temos esperança nessa ideia feliz de futuro. Quando saímos de casa vamos pelo mundo levando a nossa portugalidade. Aconteceu-me chegar, noite alta, a uma terrinha no nordeste do Brasil e ouvir um poema de Fernando Pessoa. Na Índia, em Goa, uma velhinha cantou-me um fado de Amália Rodrigues e ensinou-me que a fadista também escrevia. Em Moçambique, no clube de aviação, recolhi todas as histórias que consegui e, no fim, escrevi no cabeçalho do meu bloco de notas: amizade. De regresso a casa, aí onde reside a felicidade, percebo sempre, de todas as vezes, que ser português não é um acaso e que a terra que nos une, daqui até à Mãe Rússia, vai-se transformando e transfigurando, sendo que nós nos mantemos iguais: a ponta da Europa, um beiral sobre o Atlântico. Podemos partir, mas o que importa verdadeiramente é o regresso. Portugal abraça-nos com mansidão e sem exigências quando voltamos. Há cidades que nos perdem, vilas que nos surpreendem, estados de espírito diferentes e, no entanto, todos juntos formam esta ideia de casa que acarinho. A nossa pequenez geográfica não se reflecte na alma, somos grandes. Sim, porque países pequenos têm grandes ideias e podem ser tesouros por descobrir. Seja, por isso, bem vindo à nossa casa.
Patrícia Reis

domingo, fevereiro 6

Clube dos escribas

Clube dos escribas no Porto, com a escritora Patrícia Reis

25 de fevereiro,sexta, 18h30 às 21h e
26 de fevereiro, sábado, das 9h30 às 13h
Investimento: 50 euros
Local: rua dos navegantes, 51, Porto
[ transversal da Fernão Magalhães entre a Praça Velasquez e o Campo 24 de Agosto]

MAIS INFORMAÇÕES:
http://vaocombate.blogs.sapo.pt
patricia_reis@netcabo.pt

sexta-feira, janeiro 14

Escrita criativa: turma do Porto


Aqui fica o programa do curso de Escrita Criativa orientado pela Patrícia Reis. No Porto, é já em Fevereiro. A ver se a turma da INVICTA se começa a organizar. Vamos lá! O contacto para mais informações fica aqui [96 606 63 62]

Primeira Sessão:Porque estamos aqui? Porque escrevemos? O que gostamos e o que não gostamos? Ler como função primordial de quem escreve. Exercitar a escrita como um pianista exercita todos os dias as teclas brancas e pretas. Talento sem técnica é como uma lâmpada fundida. Começar com uma descrição ficcionada de quem somos (texto de cada aluno, 20 minutos para o fazer). Partilha de textos. Um bom escritor será sempre um aprendiz. Seja auto-crítico (sem ser em excesso) e, ao mesmo tempo, capaz de perceber as criticas que lhe fazem. TPC: Com uma revista na mão escolher 8 personagens/imagens para que possam criar um texto.

Segunda Sessão:Leitura dos TPC (todos os trabalhos são fotocopiados e entregues aos alunos). Discussão sobre cada texto numa vertente positiva: crítica construtiva. Recomendação de leituras. Exercício curto para fazer na aula a partir de um clássico, escolher um mito/conto infantil/ clássico e modernizá-lo. Observar e escrever assumindo a condição de larápio da vida, basicamente é isso que faz um escritor. O mercado editorial. As vantagens e desvantagens dos exercício da escrita partilhada em blogues e sites. TPC: procurar um texto curto de que se goste, trazer para leitura e discussão.

Terceira Sessão:Ida à rua, para observar a rua, neste caso a praça Saldanha. A importância da pesquisa. Regresso para escrever em 20 minutos uma história. Leituras das histórias. Entrega das histórias que trouxeram para que os colegas levem para casa e possam ler. TPC: registar um sonho, recente ou antigo, dar-lhe uma roupagem de conto, encontrar o simbolismo. Dicas para bloqueios de escrita: reformular a ideia de ficção para uma ficção epistolar.
Discussão dos textos propostos pelos colegas. Exercício da aula, uma história sobre ou com o colega da frente em 20 minutos. Inspiração versus trabalho. Entrega de diplomas e de livros-prenda para todos os que participaram.
Materiais
Dicionário de sinónimos
De língua portuguesa
De mitologia
Gramática
Prontuário
Computador portátil
Folhas
Caneta

sexta-feira, novembro 5

Escrita criativa já tem programa


Aqui fica o programa do curso de Escrita Criativa orientado pela Patrícia Reis. No Porto, acontece em Fevereiro. A ver a turma que se começa a organizar. Vamos lá!

Primeira Sessão:
Porque estamos aqui? Porque escrevemos? O que gostamos e o que não gostamos? Ler como função primordial de quem escreve. Exercitar a escrita como um pianista exercita todos os dias as teclas brancas e pretas. Talento sem técnica é como uma lâmpada fundida. Começar com uma descrição ficcionada de quem somos (texto de cada aluno, 20 minutos para o fazer). Partilha de textos. Um bom escritor será sempre um aprendiz. Seja auto-crítico (sem ser em excesso) e, ao mesmo tempo, capaz de perceber as criticas que lhe fazem. TPC: Com uma revista na mão escolher 8 personagens/imagens para que possam criar um texto.

Segunda Sessão:
Leitura dos TPC (todos os trabalhos são fotocopiados e entregues aos alunos). Discussão sobre cada texto numa vertente positiva: crítica construtiva. Recomendação de leituras. Exercício curto para fazer na aula a partir de um clássico, escolher um mito/conto infantil/ clássico e modernizá-lo. Observar e escrever assumindo a condição de larápio da vida, basicamente é isso que faz um escritor. O mercado editorial. As vantagens e desvantagens dos exercício da escrita partilhada em blogues e sites. TPC: procurar um texto curto de que se goste, trazer para leitura e discussão.

Terceira Sessão:
Ida à rua, para observar a rua, neste caso a praça Saldanha. A importância da pesquisa. Regresso para escrever em 20 minutos uma história. Leituras das histórias. Entrega das histórias que trouxeram para que os colegas levem para casa e possam ler. TPC: registar um sonho, recente ou antigo, dar-lhe uma roupagem de conto, encontrar o simbolismo. Dicas para bloqueios de escrita: reformular a ideia de ficção para uma ficção epistolar.
Discussão dos textos propostos pelos colegas. Exercício da aula, uma história sobre ou com o colega da frente em 20 minutos. Inspiração versus trabalho. Entrega de diplomas e de livros-prenda para todos os que participaram.
Materiais
Dicionário de sinónimos
De língua portuguesa
De mitologia
Gramática
Prontuário
Computador portátil
Folhas
Caneta

segunda-feira, novembro 1

Escrita criativa

Em Lisboa só há mais duas vagas para a primeira sessão do curso de escrita criativa orientado pela Patrícia Reis. No Porto, o curso está previsto iniciar-se em Fevereiro, todas as sextas-feiras das 18h00 às 20h30. O contacto fica aqui [96 606 63 62] e o blog aqui.
A ver se a turma da Invicta se começa a desenhar...

quarta-feira, março 31

Deixo um recado no Muro

[...] É aqui também que se crê estar o Centro do Mundo, simbolizado por uma bacia com água. Olhei-a longamente e, aí sim, senti que perante aquela bacia tosca, de pedra velha, podia estar uma ideia maior que o Homem. O centro do mundo deveria concentrar tudo o que temos de melhor. Os turistas acotovelam-se para ver. Os franciscanos cantavam qualquer coisa. E eu fiquei ali. Queria tanto entender[...].Chegas ao Muro. Homens do lado esquerdo com os kippa na cabeça, mulheres do lado direito. As mulheres são muito novas. Andam de trás para a frente e enfiam o rosto no «Livro das Lamentações» e não lêem, debitam, e é um choro constante que impressiona e arrepia. Os cânticos fúnebres, kinot,enchem-me os olhos de lágrimas. Lembro-me da minha mãe. Saio da zona do Muro às arrecuas, para não ofender a Deus.
Deixo um recado no Muro. Trabalhei nele uma noite inteira. Não sabia o que dizer. Escrevi: Perdoa-me, devolve-me a paz que tinha quando estava no teu regaço, no seio da minha mãe. Deixa-me. Encontra-me. Não posso continuar assim. Ouve-me hoje. Ajuda.me amanhã. Não sei se acredito. Não te minto. Mas hoje ouve o meu coração e junta-o ao teu [...].

[o certo é que sei esta oração de cor. gosto tanto.
tanto.tanto. mesmo muito. íssimo.]
Patrícia Reis in No Silêncio de Deus

imagem: daqui

domingo, março 28

Um mistério em Serralves

já está aí e os meus sobrinhos - os mais velhos - vão adorar ler...
mais uma aventura. desta vez, na porta, aqui ao lado :)

segunda-feira, março 8

Antes de ser Feliz I


Quando era pequenino, lembro-me bem, a minha professora chamava-se Carminda. Era da Póvoa de Varzim e falava-nos muitas vezes da linguagem inventada pelos pescadores e do vento poveiro. Achava a temática fascinante e arvorava a teoria de que o linguajar piscatório merecia tantos ou mais estudos do que o mirandês, língua perdida, mas reconhecida como língua oficial em Portugal.
Isso agora não interessa. Ela contava que vivia perto do cemitério, mesmo ali à beira dos mortos, do cheiro das flores das senhoras que fazem o favor de manter esse negócio, do barulho do portão de ferro que rangia, gemia e chorava sempre que entrava mais um carro funerário. A morte era um ritual normal na vida da minha professora. Do que ela mais gostava era de observar o cemitério à noite. Tinha um fascínio enorme por aquilo e fazia apostas.
Há quem olhe para o céu à espera de uma estrela cadente, ardentemente à espera de pedir um desejo, condensar naquele rasgo luminoso, em queda livre, todas as esperanças de uma vida. Carminda preferia olhar para o cemitério e perceber onde estavam os mortos novos
pelos gases que passeavam no ar, como uma última manifestação dos corpos que partiam.
A mãe dizia-lhe que tinha demasiada imaginação.
Carminda jurava o conto do coveiro como verdadeiro:os gases eram como as almas a ir para o céu, devagar, a libertarem-se dos cadáveres e ela gostava de os ver, a desfazerem-se no negro da noite, contra a parca iluminação dos candeeiros velhos, de ferro antigo e ruidoso, que compunham o cenário do cemitério.
Eu gosto de pensar que morreu ali, na Póvoa, a olhar as almas gaseadas enquanto atormentava uma prol de netos que reviravam os olhos de cansaço por ser sempre a mesma história.
Patrícia Reis in Antes de ser Feliz, Dom Quixote

quinta-feira, setembro 3

Sapatos Prada by Patrícia Reis


Estes são Prada. Mas eu não os queria nem de graça! Por outro lado, teria pago para ler esta crónica da Patrícia Reis. No Semanário Económico, de 29 de Agosto. Felizmente está aqui, apesar de, nesse dia, eu não ter comprado o jornal. E não resisto a partilhá-la convosco. Delícia!

quarta-feira, julho 22

Abrótea à vista

Está tudo com a leitura em dia para o jantar-tertúlia-abrótea-com-maionese-de-toranja? Dia 25, às 20.30h.
imagem: César Augusto

domingo, junho 21

Queria tanto entender


« [...] No Santo Sepulcro não sentes nada. Eu não senti nada. As pessoas beijam uma lage que foi ali colocada no princípio do século XIX. Beijam a laje como se ela fosse o local exacto onde o corpo de Cristo foi depositado. Não acredito. As diferentes igrejas de índole cristã disputam o espaço do Santo Sepulcro, há uma custódia repartida, como se o espaço fosse uma criança e as igrejas os seus pais separados. Chamam-lhes Status Quo. Para que não haja lutas e desavenças as chaves do Santo Sepulcro, duas chaves, foram entregues a duas famílias muçulmanas há novecentos anos. Todos os dias, às cinco da manhã, abrem a porta velha e vão à sua vida, deixando os peregrinos e os padres fazerem a sua. Regressam às sete e fecham a igreja da discórdia.

É aqui também que se crê estar o Centro do Mundo, simbolizado por uma bacia com água. Olhei-a longamente e, aí sim, senti que perante aquela bacia tosca, de pedra velha, podia estar uma ideia maior que o Homem. O centro do mundo deveria concentrar tudo o que temos de melhor. Os turistas acotovelam-se para ver. Os franciscanos cantavam qualquer coisa. E eu fiquei ali. Queria tanto entender[...].Chegas ao Muro. Homens do lado esquerdo com os kippa na cabeça, mulheres do lado direito. As mulheres são muito novas. Andam de trás para a frente e enfiam o rosto no «Livro das Lamentações» e não lêem, debitam, e é um choro constante que impressiona e arrepia. Os cânticos fúnebres, kinot,enchem-me os olhos de lágrimas. Lembro-me da minha mãe. Saio da zona do Muro às arrecuas, para não ofender a Deus.

Deixo um recado no Muro. Trabalhei nele uma noite inteira. Não sabia o que dizer. Escrevi: Perdoa-me, devolve-me a paz que tinha quando estava no teu regaço, no seio da minha mãe. Deixa-me. Encontra-me. Não posso continuar assim. Ouve-me hoje. Ajuda.me amanhã. Não sei se acredito. Não te minto. Mas hoje ouve o meu coração e junta-o ao teu [...].

Nota 1.[excertos do e-mail que Sara envia à sua amiga Madalena, dando-lhe conta das suas impressões sobre o que viu e sentiu em Israel]

Nota 2. [livro a ler até 11 de Julho, data agendada para o jantar-tertúlia-abrótea-com-maionese-de-toranja. Senhoras e senhores é favor lerem :) Gracinha, eu já sei que o tens...alguém ofereceu ;)]

terça-feira, junho 16

Abrótea com maionese de toranja

E entretanto ando às voltas com a maionese de toranja. E com a abrótea. Não me sai da cabeça. Eu numa reunião e abrótea com maionese de toranja, Eu no trânsito e abrótea com maionese de toranja. Eu no super-mercado e abrótea com maionese de toranja. Eu no cinema e abrótea com maionese de toranja... Uma obsessão!
E a culpa é da Patrícia Reis. Sim, que isto não é só escrever bem. Comover-nos. Fazer-nos rir. E sorrir. Encontrar identificações. E essas coisas que nos prendem. É preciso pensar nas papilas gustativas do leitor. «Coração, Cabeça e Estômago».
Sim, estou cansada, é certo! Mais frágil, portanto. Mas mesmo que não estivesse. Não é assim, caramba! Devia sair uma lei que obrigasse os escritores a indicarem, em nota de rodapé, a morada dos restaurantes que mencionam nos livros. Se existirem, claro. É preciso pensar nos leitores que adoram experimentar novos sabores! A Sara e o Manuel ainda por cima, nem um nem outro pediram o raio da abrótea com a maionese de toranja. Por isso, chuta para canto. Nem mais uma linha sobre o assunto. Não se faz! Juro que nas férias [para a semana], vou à procura de um restaurante que tenha na ementa abrótea com maionese de toranja. Para já, só encontrei a receita. Não é mau. Existe. Dado que um escritor tem o direito e o dever de inventar. Obviamente. E o restaurante pode nem existir de facto! Mas, no caso, o petisco não é inventado! E eu adoro peixe e maionese e toranja. E uma abrótea com maionese de toranja, já me está a saber deliciosamente. Como o livro. No Silêncio de Deus. Li-o em dois dias. Mas eu depois, digo-vos o quanto gostei. Ou o que mais gostei. Tem pérolas dentro. [Só falta mesmo o nome do restaurante]. Agora a prioridade...exactamente! Se souberem onde, é favor deixarem-me a morada. Obrigada!

quarta-feira, março 25

...se é um homem, é sempre sobre a condição humana...

«Toda a literatura é sobre o amor. Mas se é um homem, é sempre sobre a condição humana».
Quem disse? Esta mulher inteligente, da fotografia. Chama-se Patrícia Reis. É escritora. E outras coisas. Como ser mãe. De dois rapazes. [e alguns: sim, Marta, e novidades? e eu, parva, que vivo num planeta tantas vezes distante da Terra, não sabia! que há ignorâncias que têm de ser assumidas. mas nem me ocorria não o assumir, ainda mais, tratando-se desta senhora que não tem papas na língua, nem mas, nem meio mas] Vou começar a ler, NO Silêncio de Deus, hoje. Daqui a pouco. O seu último livro. Para já, para já, asseguro-vos que gostei imenso de saber que escreve quando lhe dá na real gana. Sem rituais pormenorizados. E não tem nenhuma mão invisível [não é a do Adam Smith, não] como a de alguns escritores que, por acaso, até lhes amo as palvaras [mas eu também, quando GOSTO, gosto sempre. exactamente como o slogan dos gelados da Olá. Gosto no verão, no inverno, quando é genial e quando é uma merda]. Relativamente à Patrícia Reis estou curiosa. Íssima. É que já me aconteceu de ver um filme e ler o livro, depois. E já me aconteceu - muitas mais vezes, até - de ler o livro e, depois ver o filme. E também, raras vezes, me aconteceu de ler os livros e ir a correr ouvir os escritores. Mas nunca me tinha acontecido de ouvir o escritor, sem lhe ler nenhum livro! E foi desta. Assim, porque sim. E gostei tanto de a ouvir, que lhe ando a comprar os livros todos. [Para me redimir! É que eu acredito na salvação. De certa ignorância...] Até os infantis. [que eu não tenho filhos, mas tenho seis sobrinhos 3 - 7 anos. lindos!]
Mas encantou-me, ouvi-la! Tem uma forma de dizer que o seu olhar e os seus gestos, aqui e ali, sublinham. Como que a confirmar. Eu acredito mesmo nisto que digo. Podem apostar!
Como eu faço, quando acredito mesmo no que leio. Nesta e naquela página.
Só que com um lápis.
[E, desse lado, quem já leu, não me conte nada. Por favor. Quem não o fez, vamos ver quem acaba primeiro! Quem não comprou...hummm... Na livraria mais próxima s.f.f]
imagem: Marisa Cardoso [devidamente roubada ao Devida Comédia]