terça-feira, junho 16

Abrótea com maionese de toranja

E entretanto ando às voltas com a maionese de toranja. E com a abrótea. Não me sai da cabeça. Eu numa reunião e abrótea com maionese de toranja, Eu no trânsito e abrótea com maionese de toranja. Eu no super-mercado e abrótea com maionese de toranja. Eu no cinema e abrótea com maionese de toranja... Uma obsessão!
E a culpa é da Patrícia Reis. Sim, que isto não é só escrever bem. Comover-nos. Fazer-nos rir. E sorrir. Encontrar identificações. E essas coisas que nos prendem. É preciso pensar nas papilas gustativas do leitor. «Coração, Cabeça e Estômago».
Sim, estou cansada, é certo! Mais frágil, portanto. Mas mesmo que não estivesse. Não é assim, caramba! Devia sair uma lei que obrigasse os escritores a indicarem, em nota de rodapé, a morada dos restaurantes que mencionam nos livros. Se existirem, claro. É preciso pensar nos leitores que adoram experimentar novos sabores! A Sara e o Manuel ainda por cima, nem um nem outro pediram o raio da abrótea com a maionese de toranja. Por isso, chuta para canto. Nem mais uma linha sobre o assunto. Não se faz! Juro que nas férias [para a semana], vou à procura de um restaurante que tenha na ementa abrótea com maionese de toranja. Para já, só encontrei a receita. Não é mau. Existe. Dado que um escritor tem o direito e o dever de inventar. Obviamente. E o restaurante pode nem existir de facto! Mas, no caso, o petisco não é inventado! E eu adoro peixe e maionese e toranja. E uma abrótea com maionese de toranja, já me está a saber deliciosamente. Como o livro. No Silêncio de Deus. Li-o em dois dias. Mas eu depois, digo-vos o quanto gostei. Ou o que mais gostei. Tem pérolas dentro. [Só falta mesmo o nome do restaurante]. Agora a prioridade...exactamente! Se souberem onde, é favor deixarem-me a morada. Obrigada!