Não era falta de atenção. Não! Era falta de abstracção!
Bem sei que a tendência, quando se perde algo é a de olhar para o chão. No caso, um pouco de azul excluiria de imediato essa possibilidade absurda. Era para o ar, para cima, em direcção ao céu que ele deveria olhar. Como se procurasse uma janela alta, um papagaio de papel, um salto de golfinho. Nunca para o chão, onde caem moedas e rolam para sítios onde ninguém vai. Onde quase ninguém vai.
Onde quase nada se recupera.
Faltava-lhe muito azul. Azul e abstracção.
4 Comments:
Marta, que texto sensacional. Adorei. BJs.
verdade, tão verdade.
Magnífico texto, Marta.
Gostei imenso.
Um beijo.
obrigada, Terráqueo e João :)
Paula... :)
Post a Comment