[...] Outras vezes, a minha mãe recebia cartas que já tinham andado de avião, antes de viajarem na bicicleta do Senhor Mário. Eram azuis, um azul claro, bordado a vermelho a toda a volta. Faziam-me pensar, essas cartas que atravessavam nuvens para chegar.[...]
[...] Desde miúda que as cartas - todas as cartas – me seduzem. Quando comecei a recebe-las, dirigidas a mim, percebi o porquê da minha intuição. Era o mundo feito abecedário. Muito nosso.
3 Comments:
Tão bonito esse texto e a carta dos sonhos como eu gosto de lhe chamar. Dois poemas é o que é:))
E o forro interior do envelope não era cor de rosa, por vezes com suaves florinhas ?
Um beijo.
Adoro envelopes manchados de tempo, memórias, lágrimas :)
beijoss
Post a Comment