sábado, abril 2
[S]hort [M]essage [S]ervice de utilidade pública
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Etiquetas: SMS
terça-feira, março 29
Workshop de fotografia
Plano teórico: Análise de imagens;Dissertação sobre os fundamentos básicos da fotografia;Esclarecimentos técnicos e teóricos - “Encontra-te para encontrares as tuas imagens”
As diferentes visões sobre as imagens; A fotografia como expressão plástica e artística ; As teorias da imagem; O significado das imagens; O poder visual; O poder narrativo; O domínio da Luz; Saída para trabalho práctico no Parque Natural do Litoral Norte; Recomendações, conselhos técnicos e esclarecimento de dúvidas; Acompanhamento pessoal; Análise de trabalhos práticos; A edição o tratamento e a construção narrativa; Análise e crítica de imagens - “Como ir de uma fotografia a uma imagem”
Como construir um portfólio; Este workshop de curta duração, é especialmente recomendado para quem pretende adquirir os fundamentos básicos da fotografia e com isto redescobrir ou descobrir a motivação e a técnica que lhe permitirão obter resultados aceitáveis em qualquer situação de luz.
Mais informação: humbertoalmendra@gmail.com
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Etiquetas: fotografia, Humberto Almendra
Eduardo Souto de Moura: prémio Pritzker
«O atelier do arquitecto Eduardo Souto de Moura confirmou ao PÚBLICO a atribuição do prémio Pritzker 2011, o maior galardão mundial na área da arquitectura."Durante as últimas três décadas, Eduardo Souto Moura produziu um corpo de trabalho que é do nosso tempo mas que também tem ecos da arquitectura tradicional. Os seus edifícios apresentam uma capacidade única de conciliar características opostas, como o poder e a modéstia, a coragem e a subtileza, a ousadia e simplicidade - ao mesmo tempo”, pode-se ler no comunicado emitido pelo júri do prémio.".
Fonte: Público
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Etiquetas: EduardoSouto Moura
segunda-feira, março 28
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve com uma recordação duma outra pessoa
Que fosse misteriosamente minha.
[...]
Alvaro de Campos
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: Alvaro de Campos
Fernando Pessoa, plural como o Universo
A exposição “Fernando Pessoa, plural como o Universo”, que é uma realização da Fundação Roberto Marinho e da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo através do Museu da Língua Portuguesa, foi visitada em São Paulo por mais de 250.000 pessoas no período de agosto de 2010 a fevereiro de 2011».
Fonte aqui
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: Exposições
domingo, março 27
Tenho um decote pousado no vestido e não sei se voltas
mas as palavras estão prontas sobre os lábios como
segredos imperfeitos ou gomos de água guardados para o verão.
E, se de noite as repito em surdina, no silêncio
do quarto, antes de adormecer, é como se de repente
as aves tivessem chegado já ao sul e tu voltasses
em busca desses antigos recados levados pelo tempo:
Vamos para casa? O sol adormece nos telhados ao domingo
e há um intenso cheiro a linho derramado nas camas.
Podemos virar os sonhos do avesso, dormir dentro da tarde
e deixar que o tempo se ocupe dos gestos mais pequenos.
Vamos para casa. Deixei um livro partido ao meio no chão
do quarto, estão sozinhos na caixa os retratos antigos
do avô, havia as tuas mãos apertadas com força, aquela
música que costumávamos ouvir no inverno. E eu quero rever
as nuvens recortadas nas janelas vermelhas do crepúsculo;
e quero ir outra vez para casa. Como das outras vezes.
Assim me faço ao sono, noite após noite, desfiando a lenta
meada dos dias para descontar a espera. E, quando as crias
afastarem finalmente as asas da quilha no seu primeiro voo,
por certo estarei ainda aqui, mas poderei dizer que, pelo
menos uma ou outra vez, já mandei os recados, já da minha
boca ouvi estas palavras, voltes ou não voltes.
Maria do Rosário Pedreira
poema desviado daqui
Escrito/editado por Marta 6 Terráqueos
Etiquetas: Maria do Rosário Pedreira
Poema de los dones/Poema dos dons
esta declaración de la maestría
de Dios, que con magnífica ironía
me dio a la vez los libros y la noche.
De esta ciudad de libros hizo dueños
a unos ojos sin luz, que sólo pueden
leer en las bibliotecas de los sueños
los insensatos párrafos que ceden
las albas a su afán. En vano el día
les prodiga sus libros infinitos,
arduos como los arduos manuscritos
que perecieron en Alejandría.
De hambre y de sed (narra una historia griega)
muere un rey entre fuentes y jardines;
yo fatigo sin rumbo los confines
de esta alta y honda biblioteca ciega.
Enciclopedias, atlas, el Oriente
y el Occidente, siglos, dinastías,
símbolos, cosmos y cosmogonías
brindan los muros, pero inútilmente.
Lento en mi sombra, la penumbra hueca
exploro con el báculo indeciso,
yo, que me figuraba el Paraíso
bajo la especie de una biblioteca.
Algo, que ciertamente no se nombra
con la palabra azar, rige estas cosas;
otro ya recibió en otras borrosas
tardes los muchos libros y la sombra.
Al errar por las lentas galerías
suelo sentir con vago horror sagrado
que soy el otro, el muerto, que habrá dado
los mismos pasos en los mismos días.
¿Cuál de los dos escribe este poema
de un yo plural y de una sola sombra?
¿Qué importa la palabra que me nombra
si es indiviso y uno el anatema?
Groussac o Borges, miro este querido
mundo que se deforma y que se apaga
en una pálida ceniza vaga
que se parece al sueño y al olvido.
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
Etiquetas: Jorge Luis Borges
O melro Coentrão
Escrito/editado por Marta 8 Terráqueos
Etiquetas: os meus sobrinhos são geniais
sábado, março 26
Procurei-te em vão pela terra
[...]
Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?
Cecília Meireles
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Etiquetas: Amadeo de Souza Cardoso, Cecília Meireles
Cimo de Vila
Desviado daqui
Escrito/editado por Marta 3 Terráqueos
Etiquetas: Carlos Tê e Manuela Bacelar
...queria tanto, tanto estar lá...
«Maria Gabriela Llansol é provavelmente a mais inclassificável das escritoras portuguesas. Escreveu “nas margens da língua” e “fora da literatura”, e viveu vinte anos no exílio da Bélgica, onde colheu inspiração para uma Obra sem paralelo na literatura portuguesa.
O núcleo principal da sua Obra inicia-se com duas trilogias (Geografia de Rebeldes e O Litoral do Mundo) que ensaiam uma releitura da história intelectual e espiritual da Europa, com recurso à metamorfose ficcional de uma ampla galeria de figuras, das beguines medievais e dos místicos flamengos e ibéricos a Camões, de Hölderlin a Nietzsche ou de Bach a Fernando Pessoa. Depois disso, envereda por uma “ordem figural do quotidiano” em cerca de vinte livros reveladores de uma escrita visionária e intensa de grande originalidade, que lhe valeu por duas vezes o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, e que faz jus ao prognóstico de Eduardo Lourenço segundo o qual “Llansol será o próximo grande mito literário português, por paralelo com o próprio Pessoa”. Deixou um imenso espólio manuscrito de milhares de páginas inéditas, em curso de publicação (Assírio & Alvim).
Organização Espaço Llansol».
Escrito/editado por Marta 4 Terráqueos
Etiquetas: Maria Gabriela Llansol