terça-feira, outubro 18

vazio agudo

sexta-feira, janeiro 14

O bandido que sabia latim


[...chegou ontem, querida Leila! Gostei muito, muito, muito. Fiquei feliz. Com a sua dedicatória - linda linda - e com a de Toninho Vaz. Obrigada. Mil obrigadas.
E, sim, querida Leila, há um encanto imenso em tudo isto... Eu sinto...]


«Paulo Leminski foi uma inesquecível tempestade na cena cultural brasileira, antes de morrer aos 44 anos, em 1989, no auge do sucesso, como um mito. O poeta marginal de Curitiba chegou aos anos 80 fixando sua marca em trabalhos assinados na Veja, Folha de S.Paulo e na televisão, no Jornal de Vanguarda, enquanto encantava com suas impecáveis traduções de John Fante, Alfred Jarry, Yukio Mishima e Samuel Beckett.

O BANDIDO QUE SABIA LATIM resgata a vida deste artista que foi hippie; professor de judô, História e redação; publicitário; inveterado conquistador e bebedor de vodca; marido de Alice Ruiz; gênio e doido; ídolo e mestre que deixou muita poesia e saudade para gerações de leitores. Antonio Carlos Martins Vaz (Toninho Vaz) nasceu a 2 de outubro de 1947, em Curitiba. É jornalista e roteirista de televisão. Começou escrevendo no Diário do Paraná, em 1969. Foi editor e colaborador de diversos jornais alternativos nos anos 70 e 80 - Anexo, Raposa, Polo Cultural, Pasquim, Nicolau. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1974. É casado com Naná Gama e Silva e tem uma filha, Maria Carolina.

Trabalhou como editor de texto na Rede Globo durante quatorze anos. De 1995 a 1998 viveu em Nova York. Atualmente mora em São Paulo.» Fonte: aqui

quinta-feira, julho 1

Um bom poema


um bom poema
leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto.

Paulo Leminski

segunda-feira, janeiro 25

Parada Cardíaca



Essa minha secura
essa falta de sentimento
não tem ninguém que segure,
vem de dentro.

Vem da zona escura
donde vem o que sinto.
Sinto muito,
sentir é muito lento.


Paulo Leminski
imagem: Claudia Santos Silva