sábado, junho 30
a noite pedirá música...
[...acabadinha de chegar do Brasil...para mim! Não conhecia e estou a gostar de descobrir... ]
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Aracne [fragmento]
Ir ao cinema, na caverna escura,
sentar-me na poltrona do teu ombro
numa t-shirt antiga de bom pêlo,
é o prazer mais certo que me resta.
Que bom deixar-me estar na oscilação discreta
que nasce do teu corpo e me transporta
a essa embriaguez chamada rima;
sentir o cheiro limpo do cabelo,
adivinhar-te o gosto da saliva.
Pois, embora eu veja a multidão compacta
(que a imagem tornou inofensiva)
estremecer e rir e comover-se
à imprecisa luz da narrativa,
eu sei que é tudo só um mero acto
de magia vulgar vinda do tecto
onde o olhar obsceno do arquitecto
ao longo da sessão vigia e julga;
e mesmo a clara forma da paisagem
é tosco véu de uma ilusão sensível,
metáfora ou reflexo de outro mundo
perfeito e puro, onde não entra gente
(mas entra, vê tu bem, a miserável pulga).
Tu porém és real, sentes lá dentro
um coração pulsar, e até parece
que tens em ti a inclinação secreta
a seres dono de ti, e partilhar
a vida verdadeira de um insecto.
Assim eu sonho e penso, já suspenso
por fino fio, à altura do teu peito;
mas já, impaciente, tu murmuras
que perdes o réu tempo em desgraçada fita;
melhor seria, em quente discoteca,
toda a noite dançar (uma invenção maldita,
alheia à condição de quem medita),
ou regressar a casa, onde de graça
te aguarda mais concreta companhia.
Ficar por aqui só, sem o mistério
da tua carne branca bem cheirosa,
é uma perspectiva que me assusta;
como dizer-te que também eu quero
afinal conhecer o nó do enredo?
De poucas horas feita a longa vida,
são estas as melhores e as mais justas;
está o filme a acabar, fica comigo até ao fim;
não sabes que te perdes, quando te perdes de mim?
António Franco Alexandre
in Poemas com Cinema, pag.25, Assírio e Alvim
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
porque sim
Sábado, 30 de Junho, às 17 horas
Sousa Dias e Rui Manuel Amaral lêem textos de Manuel António Pina.
Gato Vadio (rua do Rosário, 281), no Porto.
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
quinta-feira, junho 21
domingo, junho 17
Oh as casas as casas as casas
Enquanto vivas distinguem-se umas das outras
distinguem-se designadamente pelo cheiro
variam até de sala pra sala
As casas que eu fazia em pequeno
onde estarei eu hoje em pequeno?
Onde estarei aliás eu dos versos daqui a pouco?
Terei eu casa onde reter tudo isto
ou serei sempre somente esta instabilidade?
As casas essas parecem estáveis
mas são tão frágeis as pobres casas
Oh as casas as casas as casas
mudas testemunhas da vida
elas morrem não só ao ser demolidas
ela morrem com a morte das pessoas
As casas de fora olham-nos pelas janelas
Não sabem nada de casas os construtores
os senhorios os procuradores
Os ricos vivem nos seus palácios
mas a casa dos pobres é todo o mundo
os pobres sim têm o conhecimento das casas
os pobres esses conhecem tudo
Eu amei as casas os recantos das casas
Visitei casas apalpei casas
Só as casas explicam que exista
uma palavra como intimidade
Sem casas não haveria ruas
as ruas onde passamos pelos outros
mas passamos principalmente por nós
Na casa nasci e hei-de morrer
na casa sofri convivi amei
na casa atravessei as estações
respirei – ó vida simples problema de respiração
Oh as casas as casas as casas
Ruy Belo
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
Ode ao Gato
Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, voo.
O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento ao rato vivo,
da noite até seus olhos de ouro.
Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma só coisa
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de um navio.
Seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite.
Oh pequeno
imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.
Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
seguramente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso,
talvez todos o acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.
Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço ao gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com seus extravios,
o por e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
o seu olho tem números de puro.
Pablo Neruda
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
sábado, junho 16
... parece que gostam os 2 de cerveja...
"Além de escritor, Afonso Cruz, é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Em Julho de 1971, na Figueira da Foz, era completamente recém-nascido.
Haveria, anos mais tarde, de frequentar lugares como a António Arroio, Belas Artes de Lisboa, Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de meia centena de países. Recebeu vários prémios e distinções nas várias áreas em que trabalha, vive no campo e gosta de cerveja.
Fique com um trecho do seu mais recente romance." AQUI
Escrito/editado por Marta 3 Terráqueos
Sei agora quando será a manhã derradeira
Esse é o que levantará no alto as tendas da Paz, o que sente a ânsia e o amor e que olha para Além até que a hora entre todas bendita o faça descer ao imo da nascente – por cima, flutua o que é eterno, reflui ao sabor de tormentas; mas tudo aquilo que o contacto do amor santificou escorre dissolvido, por ocultas vias, para a região do Além e aí se mistura, como os aromas, com os seres amados para sempre adormecidos.
(…)
Novalis in Os Hinos à Noite
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
sexta-feira, junho 15
quinta-feira, junho 14
quarta-feira, junho 13
segunda-feira, junho 11
"A pessoa não é a cara que tem. É a vida."
Morreu Maria Keil. Para mim é a ilustradora do meu livro da escola primária. Tenho um carinho imenso pelos seus desenhos. O Palhaço Verde, por exemplo, a ilustrar o texto da Matilde Rosa Araújo, é um desenho para sempre na minha vida. Obrigada Maria Keil. Muito muito muito.
Ler aqui e aqui
Escrito/editado por Marta 4 Terráqueos
domingo, junho 10
sábado, junho 9
quinta-feira, junho 7
Os Cavalos de Tarquínia

Sempre achei que mais ninguém o tinha lido, apesar de o ter emprestado e de nunca mais o reaver. Nunca soube se a Dona Isabel gostou dos Cavalos de Tarquínia. Também nunca mais soube dela. Guardo o seu silêncio, os seus cabelos grisalhos, o modo como atendia o telefone. Gosto de pensar que de mim, a Dona Isabel guarda bem o meu livro. O primeiro que li de Margarite Duras. Tinha 18 anos.
Mas sempre achei que mais ninguém o tinha lido, até há poucos minutos. Há poucos minutos eu disse - meu deus, os Cavalos de Tarquínia, Tiago! Disse alto como se o Tiago estivesse ali. E fui memória adentro . Como se todos os cavalos da memória fossem alados.
A Dona Isabel recostada na cadeira, a ler nos intervalos do silêncio do telefone.
Um silêncio muito diferente do seu.
Depois outra memória e ainda outra, mais clara, levou-me pelo tempo.
Perguntei-lhe, quando pediu Campari se tinha lido os Cavalos de Tarquínia. Disse-me que não. E acho que foi a partir daí que criei e mantive essa ideia de que mais ninguém o teria lido a não ser eu. Coisas que nos ficam até prova em contrário, como agora.
Naquela altura eu queria dizer -lhe o quanto tinha gostado do livro; o quanto tinha gostado da densidade, da espessura das personagens dos Cavalos de Tarquínia. Queria ter-lhe falado da vida e da morte. Queria dizer-lhe que quando li o livro eu já conhecia a dinastia dos reis etruscos, os últimos reis de Roma, e já imaginara histórias à sua volta, como imaginava histórias à volta dos seus olhos. Queria dizer-lhe que, entretanto, já tinha lido mais três livros dela. Queria dizer-lhe que se não fosse aquele primeiro livro, eu não teria sorrido quando ele pediu Campari. Muito provavelmente, nem saberia da sua existência. Queria muito dizer-lhe que o Campari era só uma gota de água no meio daquela praia simbólica cheia de personagens que falavam muito. Algo que me ficou pelo simples facto do cenário ser soberbo. Não estou certa, agora, se no livro se na minha imaginação. Queria ter dito que gostava de visitar Tarquínia. Com ele, de mãos dadas, mesmo que o amor pudesse ter o travo acidulado do Campari, que tinha acabado de provar nos seus lábios. Mas não disse nada do que queria dizer.
De qualquer forma, enquanto ele falava eu pensava em como gostava de lhe falar destas coisas. Das descobertas que fazemos quando lemos, do calor que sentimos, mesmo quando os dias não pedem Campari, mesmo quando dentro do livro, não estão 47 graus. Acho que eram 47.
Principalmente queria dizer-lhe que tinha descoberto os Cavalos de Tarquínia com Marguerite Duras. Pequenos cavalos esculpidos nos túmulos etruscos que se fizeram título de um livro que me chegou às mãos sem que eu o procurasse. E aproveitaria para lhe dizer que gostava de etruscos e da cultura etrusca. Da cerâmica, das esculturas, das jóias e, essencialmente, do alfabeto por descodificar. E do fulgor desta história, agora, tão longínqua.
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
Etiquetas: Marguerite Duras
Manjericos de papel
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Impertinências
um jardim de senhoras ao domingo,
associadas na ordem da má-língua
e do chá com limão,
num café de inverno, pela tarde.
Queixam-se deste tempo, bebem, fumam,
discutem seus segredos, concordam com sorrisos…
e de súbito param a olhar-te.
Despreocupada contas
― e no local a tua voz é como um sabre
que fere o inimigo ―
uma história de cama com detalhes hábeis,
uma maneira de sentir a vida
que penetra e dissolve
a luz de igreja,
a humilhação do frio nos joelhos,
os caixões fechados e as fotos do casamento.
Certo tipo de gente
sofre de invernia nos olhos,
conhece as geadas
que passam por baixo da porta,
uma porta de quarto,
ali onde a noite tem sempre
um cheiro a espera inútil,
e depois da espera aceitam-se as mentiras,
e a seguir o silêncio.
Nada deixam os anos na mesa do lado,
senão um murmúrio que envelhece e uma sombra
que cruza os lábios como uma cicatriz,
um rancor na epiderme da consciência.
A tua voz é alta e jovem
e vestida de festa, e quando se desnuda
faz com que o sol de inverno, comovido,
se detenha um instante para apoiar a fronte
nas vidraças do café.
Luis García Montero, Espanha (n. 1958), traduzido por Nuno Dempster.
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
A janela para a rua
Franz Kafka
Quem vive à parte, mas aqui e ali procura algo a que venha se ligar; quem busca, no que respeita às alterações do dia, do tempo, do trabalho e coisas afins, não mais que um braço eventual qualquer, em que possa se apoiar — esse não irá muito longe sem uma janela para a rua. E se assim sucede, que ele nada espere e apenas, como um homem cansado, alternando os olhos ...entre o céu e o público, chegue ao parapeito de sua janela — e mesmo que não queira e recline a cabeça para trás um pouco —, o arrastarão para baixo os cavalos, com o seu séquito de rodas e rumores, e assim, finalmente, até o interior mesmo da harmonia humana.
(Trad. Artur A. de Ataíde)
Das Gassenfenster
Franz Kafka
Wer verlassen lebt und sich doch hie und da irgendwo anschließen möchte, wer mit Rücksicht auf die Veränderungen der Tageszeit, der Witterung, der Berufsverhältnisse und dergleichen ohne weiteres irgend einen beliebigen Arm sehen will, an dem er sich halten könnte, — der wird es ohne ein Gassenfenster nicht lange treiben. Und steht es mit ihm so, daß er gar nichts sucht und nur als müder Mann, die Augen auf und ab zwischen Publikum und Himmel, an seine Fensterbrüstung tritt, und er will nicht und hat ein wenig den Kopf zurückgeneigt, so reißen ihn doch unten die Pferde mit in ihr Gefolge von Wagen und Lärm und damit endlich der menschlichen Eintracht zu.
Fonte: aqui
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Poema
da casa, uma luz violenta.
Anda um peixe comprido pela cabeça do gato.
A mulher senta-se no tempo e a minha melancolia
pensa-a, enquanto
o gato imagina a elevada casa.
Eternamente a mulher da mão passa a mão
pelo gato abstracto,
... e a casa e o homem que eu vou ser
são minuto a minuto mais concretos.
A pedra cai na cabeça do gato e o peixe
gira e pára no sorriso
da mulher da luz. Dentro da casa,
o movimento obscuro destas coisas que não encontram
palavras.
Eu próprio caio na mulher, o gato
adormece na palavra, e a mulher toma
a palavra do gato no regaço.
Eu olho, e a mulher é a palavra.
Palavra abstracta que arrefeceu no gato
e agora aquece na carne
concreta da mulher.
A luz ilumina a pedra que está
na cabeça da casa, e o peixe corre cheio
de originalidade por dentro da palavra.
Se toco a mulher toco o gato, e é apaixonante.
Se toco (e é apaixonante)
a mulher, toco a pedra. Toco o gato e a pedra.
Toco a luz, ou a casa, ou o peixe, ou a palavra.
Toco a palavra apaixonante, se toco a mulher
com seu gato, pedra, peixe, luz e casa.
A mulher da palavra. A Palavra.
Deito-me e amo a mulher. E amo
o amor na mulher. E na palavra, o amor.
Amo com o amor do amor,
não só a palavra, mas
cada coisa que invade cada coisa
que invade a palavra.
E penso que sou total no minuto
em que a mulher eternamente
passa a mão da mulher no gato
dentro da casa.
No mundo tão concreto.
Herberto Helder
Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
É nisso que eu creio.
“Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Se o livro que estamos lendo não nos acorda com uma pancada na cabeça, por que o estamos lendo? Porque nos faz felizes, como você escreve? Bom Deus, seríamos felizes precisamente se não tivéssemos livros e a espécie de livros que nos torna felizes é a espécie de... livros que escreveríamos se a isso fôssemos obrigados. Mas nós precisamos de livros que nos afetam como um desastre, que nos magoam profundamente, como a morte de alguém a quem amávamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para uma floresta longe de todos. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo que há dentro de nós. É nisso que eu creio.
Escrito/editado por Marta 2 Terráqueos
5 linhas ou menos

Escrito/editado por Marta 1 Terráqueos
Etiquetas: coisas minhas
sábado, junho 2
Breve História da Alma
« Ao longo dos séculos, muitos tentaram perceber a essência da alma: para alguns estava acorrentada ao corpo, para outros era um espírito puríssimo; os seus traços conduziam à intimidade profunda do homem ou à sua consciência ou, ainda, ao seu cérebro. A investigação laica identificava-a com a psique ou com o sistema neuronal, a intuição religiosa percebia-a como um abismo de luz em que Deus se desvenda. Cada vez mais procurada, investigada, negada e afirmada, a alma continuou a escapar à imensa fila dos seus «buscadores», que povoaram a história da humanidade. Como sugere a origem do nome, ela é de facto semelhante ao vento (ánemos, em grego), algo que existe mas não se vê nem se toca; que nos roça, sacode,atormenta e penetra, mas escapa inexoravelmente à verdade material.
Gianfranco Ravasi quis repensar o que já tinha sido investigado e meditado durante a longa aventura do pensamento humano, a partir das culturas primitivas e das antigas civilizações do Egipto, Mesopotâmia, Índia e Arábia. E analisou as duas nascentes que alimentam o conceito ocidental de alma: as Sagradas Escrituras, em particular o Génesis, com o homem criado à «imagem de Deus», e a cultura grega com os mitos de Psique e de Orfeu, e pensadores como Platão, Aristóteles e Plotino. São muitíssimos os buscadores que Ravasi encontra: daqueles que pesquisaram a alma do ponto de vista teológico como os Padres da Igreja e São Tomás de Aquino, àqueles que a analisaram filosoficamente como Descartes, Hegel, Comte, Darwin, Popper, mas também a Freud e Jung, só para citar alguns.
Quando se chega ao fim destas reflexões, apercebemo-nos de que a história da alma coincide com a história do homem, criatura de Deus. Mas surge a dúvida de que a agitação febril da humanidade contemporânea não seja um avanço, mas um imperceptível retrocesso ou uma estranha ciranda girada sempre no mesmo espaço e que «a alma, com a sua fome de eterno e de infinito» seja o que, pelo contrário, nos obrigará a avançar «sempre em frente».
Daqui
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos
Anjos Hoje
"A 11 de maio inaugurou a exposição temporária Angelorum. Anjos em Portugal
Angels in Portugal, pela qual se contam quase mil anos da representação do anjo na Arte em Portugal.
Hoje inaugura a exposição temporária Anjos Hoje, que apresenta os anjos de Paulo Neves e Catarina Machado." A não perder, no Museu Alberto Sampaio, em Guimarães.
Escrito/editado por Marta 0 Terráqueos