As antigas civilizações já usavam coberturas de cabeça. Os egípcios, por exemplo, usavam a calantica, «espécie de coifa com pregas, presa à cabeça por meio de fitas ou de cintas que ficavam pendentes dos dois lados a descair sobre os ombros», diz Ricado Stockler. Adoptada pelos romanos, a calantica chegou a adornar a cabeça da deusa Ísis.
As civilizações do Médio Oriente usavam «uma espécie de boné pontiagudo ou baixo» parecido com o cofió, mas eram os turbantes que tinham a primazia de cobrir a cabeça. Chapéu, capuz ou carapuço também agradavam tanto a homens como a mulheres daquelas civilizações.
Mas são os gregos e os romanos que nos oferecem informações mais concretas sobre as coberturas de cabeça. Usavam o galenus; kyne para os gregos, que usavam também o causia, «um chapéu de feltro de copa alta, abas largas, levemente quebradas». Original da Grécia, Tessália, o petasus era maleável, prático, tomava muitas formas e tinha a copa baixa e abas largas e salientes». Tornou-se comum entre os viajantes e foi colocado em cabeças divinas: Hermes e Mercúrio foram assim representados em esculturas que, de acordo com Ricardo Stockler, chegaram aos nossos dias. Outros autores, crêem que o petasus perdurou durante toda a Idade Média.
O pileus era também uma cobertura de cabeça muito usada na antiguidade clássica: «era pequeno, semi-circular, frequentemente sem aba, feito de feltro ou de couro (...) confundia-se com o barrete frígio. A sua forma de cone, com a ponta caída para um lado, foi “reabilitado” pela Revolução Francesa, tornando-se um símbolo do partido republicano». Ainda hoje, os franceses, na sua mudança frequente do busto feminino que representa a República, o colocam na cabeça da mulher escolhida para simbolizar a liberdade. É também conhecido por “bonnett rouge”. [cont.]
1 Comment:
E continuas a surpreender...e nada mais que um chapéu para dar classe e distinção a quem tem cabeça para usar!
Post a Comment