terça-feira, maio 5

Cafés do mundo - Greco

Tem mais de 200 anos. Fica na Via Condotti, 86. A rua das condutas que, noutros tempos, levavam a água até às termas de Agripa. Como sabem, é a rua onde se concentram as lojas dos mais prestigiados estilistas e marcas. No entanto, confesso, o que mais me encantou foi o Caffé Greco. As paredes forradas de História. Imagens de todos os nomes sonantes que passaram por lá.
Keats, Byron, Goeth, Pavece e outros tantos escritores. Liszt, Wagner e Bizet estão, também, entre os compositores que lá tomavam o pequeno-almoço ou bebiam um copo. As paredes estão forradas de memórias assim. E o piano preto, de cauda, num compartimento discreto, quase privado evoca sons eternos. Como a cidade.
Fundado em 1760, por um grego, o café tornou-se, como tantos outros, Europa fora, o lugar certo de muitos estrangeiros. Entre os seus frequentadores estão, ainda, Casanova e Luís II da Baviera.
Quem entra, percebe, de imediato, quem são os autóctones e quem são os turistas. Os turistas sentam-se, de nariz no ar, de olhos ávidos e estarrecidos e, só depois, fazem o seu pedido. A lista - listino dei prezzi in euro - tem um pouco de tudo! Um café expresso custa cinco euros. Um cappuccino ou um chá, sete. Um aperitivo ou um gelato, doze. O preço mais elevado da lista é o da champagne. Uma taça pode chegar aos 35 euros. Mas pelo ar feliz dos que lá estavam...
Os italianos de todos os dias ficam ao balcão, impecavelmente vestidos, a beber o seu expresso!
Roma. Roma. [suspiro] Dio, como ti amo!

imagem: café Greco