Esta noite morri muitas vezes, à espera
de um sonho que viesse de repente
e às escuras dançasse com a minha alma
enquanto fosses tu a conduzir
o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo,
toda a espiral das horas que se erguessem
no poço dos sentidos. Quem és tu,
promessa imaginária que me ensina
a decifrar as intenções do vento,
a música da chuva nas janelas
sob o frio de fevereiro? O amor
ofereceu-me o teu rosto absoluto,
projectou os teus olhos no meu céu
e segreda-me agora uma palavra:
o teu nome - essa última fala da última
estrela quase a morrer
pouco a pouco embebida no meu próprio sangue
e o meu sangue à procura do teu coração.
Fernando Pinto do Amaral
domingo, fevereiro 20
Segredo
imagem: Rui Nuno Rodrigues
Etiquetas: Fernando Pinto do Amaral, Poesia
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4 Comments:
O que faz aqui este alinhamento de caracteres sem qualquer sentido, a estragar um fotografia belíssima?
ah, Prof. Funes, nem imagina o que eu descobri,por acaso, através de um amigo comum! Estou pertíssimo de si, desde a semana passada!
[e o poema é lindo, lindo...
e a imagem, sim, concordo consigo. é um cantinho aqui na Invicta, reconhece?]
senti este poema
:)
como o poema vale mil imagens e a fotografia mil palavras, creio que vai pagar imposto por ter incluído dois mil artigos num só post... ;)
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