[...] foi como ter conversado com o Chapeleiro Louco. Em vez do chá, pedimos cerveja e amendoins. E ficamos ali sentados à mesa, invisíveis como as memórias de quem não sabe desenhar.
O muro não dividia só multiplicava. Emoções mais emoções e emoções, algumas em quadradinhos minúsculos, como seres unicelulares em reprodução até se formar um país ou um planeta. Em cada traço levantava-se uma história, como habitual. Só que agora foi possível tocar-lhe e, só por isso, foi verdade.
Havia, também, algumas palavras antigas e inquietas. Aconteciam no momento exacto em que se pronunciavam.
Desta vez, ver foi descansar. Sonhar muito perto do coração.
3 Comments:
Marta: "Planeta Taron" é muito bem encontrado. Quando me perguntarem se ando sempre na Lua, já posso negar e passar no polígrafo.
Tiago,
chamo-lhe assim desde que o vi ;)...agora, só verbalizei!
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