Não irei mais meu erro errando errante
Pela noite fora
Embora a lua brilhe tanto como outrora
Não cesse do amor a voz uivante
Que me devora
Pois o coração gasta o peito
E a espada gasta a bainha
O tempo rói o coração desfeito
E a alma é sozinha
Embora a noite sempre peça amor
E o dia volte demasiado cedo
E o luar corte como espada nua
Não irei mais em pânico e segredo
Sob a luz da lua
Sophia de Mello Breyner Andresen in Obra Completa, pag. 749, Caminho, 2010
quinta-feira, janeiro 6
Glosa de "So we'll go no more a roving" de Byron
Etiquetas: poemas, Sophia de Mello Breyner Andresen
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4 Comments:
ah...que imagem mais linda Marta!
É o quadro que coloco diante de mim quando ouço um "claire de Lune"de Debussy, a "Sonata Patética" de Beethovem ou o "Summertime" de Gershwin
Um belissimo poema de Sophia de Mello Breyner, aliás, como toda a obra dela, e uma belissima fotografia(penso que se trate de uma fotografia).
Óptimo 2011.
Beijinho.
Bom ano, Teresa. Tudo de bom.
bjo
é sim, Claudia, Linda. tenho pena de não saber quem é o autor.
bjo
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