desolado incerto quase eventual
com que morava em minha casa
assim ele habitou cidades
desprovidas
ou os portos levantinos a que
se ligava apenas por saber
que nada ali o esperava
assim se reteve nos campos
dos ciganos sem nunca conseguir
ser um deles:
nas suas rixas insanas
nas danças de navalhas
na arte de domar a dor
chegou a ser o melhor
mas era ainda a criança perdida
que protesta inocência
dentro do escuro
não será por muito tempo
assim eu pensava
e pelas falésias já a solidão
dele vinha
não será por muito tempo
assim eu pensava
mas ele sorria e uma a uma
as evidências negava
por isso vos digo
não deixeis o vosso grande amor
refém dos mal-entendios
5 Comments:
Telepatia...
em uníssono, erguemos a voz de Tolentino.
E quantas vezes o 'sujeito' que comanda os amores nem entende que existem mal-entendidos?
Até estranharia, Diva, se entre nós, não se mantivesse a telepatia!
:)
Passos: pressuponho que essa é uma pergunta retórica! E difícil!
Ouvi José Tolentino dizer que lhe era muito difícil lidar com as suas próprias emoções talvez daí tenha resultado tão bela poesia. Gosto muito dele e da sua poesia...um beijinho Marta
tb gosto muito da peoesia de JTM
jocas maradas de mar
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